quarta-feira, abril 06, 2005

eu não sabia e faço minhas as palavras de momus, que fez um obituário infinitamente melhor do que eu poderia: Saul Bellow, who died yesterday sharp as a pin and perhaps "serene", might be the closest I've come, personally, to having a pope. A humanist pope, a pope whose church is life itself, and people, and the world. Like popes, great novelists never really die. They just enter the canon.

para mim, mesmo não sendo the one como foi para momus, era um entre poucos. uma inteligência abissal, aplicada à vida enorme da américa, com rants intermináveis, que ás vezes você seguia, às vezes não, mas sempre admirava o entusiasmo lírico e o conhecimento orgânico. comecei muito jovem com O planeta de mr. Sammler, que me impressionou enormemente e me deu a impressão de que judeus eram infinitamente mais sábios do que nós. e talvez sejam, quando você pensa em philiph roth, john updike, bellow...

henry miller não era judeu, mas tinha loucura por eles. um povo 100% alfabetizado, que acredita profundamente no conhecimento, que tem uma religião de apreciação da vida, um senso de humor próprio e um tipo de entusiasmo muito particular.
mas isso é uma tangente. não quero que alguém comece aqui um debate racial-político. o ponto era mandar bellow com algumas palavras, mesmo que certamente indignas dele. leia o que momus escreveu e você estará bem servido.

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