segunda-feira, abril 18, 2005

Alex Toth é, nenhuma outra palavra serve, um mestre. Someone who mastered his art. É o artista que pode desenhar qualquer coisa. Qualquer coisa. Com propriedade, elegância e economia. É quem pode nos chamar a qualquer dia, a qualquer hora, de vagabundos. (Entre os colegas desenhistas, claro.)

Num dos seus famosos bilhetes rabiscadosdo próprio punho, ele propunha que a DC fizesse com que seus artistas do momento desenhassem, por exemplo, um bebê asiático. Um negro. Um latino. Um garçom esnobe, um desinteressado, um enxerido. Não há garçom genérico. Há preguiça. Na minha cabeça, eu queria ter Toth como um sargento na escola de arte ideal, nos xingando o dia inteiro. Uma página qualquer do sketchbook dele, uma historinha rabiscada na hora do almoço, tem mais conhecimento, síntese e resultado do que eu possa aspirar ter na minha melhor página.

Não vou nem falar das páginas, dos layouts arrojados e orgânicos ao mesmo tempo. O homem nunca estava entediado, nunca trabalhava no automático. E, como você pode perceber, esse site juntou uma quantidade absurda de material a respeito dele. É onde eu vou para me chicotear.

Aliás, para continuar no assunto, o desejo de algum dia ter 10% da qualidade que ele tem é um bom motivo para continuar vivo. :)

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