segunda-feira, abril 04, 2005

diários do viajante I

viajar é uma indignidade e uma violência. o ser humano se vê carregando coisas constantemente, sentindo falta de objetos que não estão lá, dormindo em camas que não são a sua, procurando o banheiro no lugar errado no meio da noite...

dito isso, a viagem foi muito bem.

conforme comentado, o salão de desenho foi adiado indefinidamente, sem aviso. o que me incomodou por mais ou menos uns 10 segundos. imediatamente mudamos nossa programação de sexta feira para uma parada sentimental na lancheria do parque e uma excursão profunda no sakaes, onde enchi a cara de saquê e dilatei as narinas com wasabi. sempre um prazer.

na primeira noite dormi tão mal que me vi acordado na cama às 5 da manhã, escrevendo mentalmente uma lista dos 10 motivos pelo quais odiava viajar. mas no resto do tempo o mundo me tratou bem, assim que. no list.

_______________________________________________

sábado percorremos a cidade como maníacos, enchendo as mãos de pó em todos os sebos possíveis ( e são muitos). santa bitisa. a colheita foi boa. mais três nero wolfe para a coleção, uma gertrude stein (!!), um chandler, um hemingway... muito, muito em especial um livro do autor de neuromancer, o cara que talvez pela primeira vez visualizou o cyberspace: william gibson. burning chrome, um livro de contos; abre com johnny memnonic and is so fucking good I couldn´t believe my eyes. ao final do secondhandbookcrawling, comecei nos vinis. vou poupá-los da saga. mais comentários depois.

jantamos no atelier das massas. me acabei nos antipasti.

banquete indiano no ocidente, no almoço de domingo. good as usual. resumindo: todos os pit stops gastronômicos clássicos, pelo menos da minha experiência. e da de jorge e fê, que por supuesto eram lembrados a todo tempo, como guias fantasmas, que primeiro guiaram meus passos pela cidade. thanks, caros.

tem mais, tem muito mais. continuo depois.

baccio.

Nenhum comentário: