quarta-feira, julho 16, 2008

people, é o seguinte: esse negócio aqui já deu o que tinha que dar. estou fechando esse boteco. quem quiser ver minhas figurinhas, tem coisas no flickr, tem o portfolio de ilustração e tem um site que estou construindo. e quem quiser saber de mim me escreva, o email continua sendo odyr@hotmail.com. e é isso. vamos em frente, que como dizia calvin, os dias estão simplesmente lotados.
abraço.

terça-feira, junho 24, 2008

agora trabalhando em casa de novo, estou com mais tempo e quero voltar a fazer ilustração, então montei um mini portfolio.

terça-feira, junho 17, 2008

o mundo dos quadrinhos se expande como nossa galáxia. além de temas, estilos, formatos, vem se expandindo em tamanho também. se você já estava impressionado com as 5oo e tantas páginas de blankets, que tal as 720 de Bottomless Belly Button ?

AND, não menos importante, looks so fucking good. a arte é minimalista, mas emotiva e detalhista nos lugares certos. até o lettering dele é bonito. e NÃO é autobiográfica. e ele tem 23 anos.

damn.

quarta-feira, junho 11, 2008

Ontem fiquei horas olhando para os músicos mortos de jazz.

Depois não podia dormir. Eles me perturbam. Essa existência eterna deles em imagens, esses filmes gloriosos em preto e branco onde eles se debruçam sobre seus instrumentos. No youtube, a imagem se quebra em pequenos pixels, em um momento você vê o olho mau de Miles Davis, no outro ele está fechado por falta de resolução. Bill Evans está tão concentrado, com essa postura impossível, o homem é uma curva, o homem é uma bordadeira de Veermer, curvado, esculpindo notas. Tanta atenção ao som exato que saía de seu piano. Gosto que eles estejam de terno, traz uma seriedade ao que eles estavam fazendo.

Já tentei desenhar John Coltrane infinitas vezes. O rosto dele, tão simples, tão honesto, me escapa sempre. Thelonius é mais fácil. Ele é um personagem. Coltrane é quase um pastor, sempre tão sério. Não se vê uma foto dele sorrindo. Fui dormir com My Favorite Things na cabeça. A maneira como ele estilhaça aquela melodia tão simples. Vi uma entrevista de Bill Evans. Ele não tinha um dente da frente. Chocante, você diria. Aquele homem impecável, com seu cabelo penteado até o último fio. Você imagina que ele estava preocupado demais com a música para ir ao dentista.

Você não sabe o tempo que passo pensando nos músicos mortos de jazz.

terça-feira, junho 03, 2008

parece que a ediouro deu um trato no site da desiderata. ainda não é nada demais, mas pelo menos está atualizado.

segunda-feira, maio 26, 2008

the bullshitting never stops.

(aonde eu finjo que pinto.)
temos 15 indicações para o hqmix, a orgia nerd dos quadrinhos. contando que temos só 5 ou 6 álbuns de quadrinhos no catálogo, não é pouca merda.

terça-feira, maio 20, 2008

ninguém me inspira mais a trabalhar do que craig thompson.

além das qualidades plásticas óbvias, ele levou quatro anos fazendo blankets e deve levar seis ou sete fazendo o próximo livro. tem uma ética de trabalho aí absurda. e essa colocação dele sobre os quadrinhos numa entrevista define muito o campo no qual eu gostaria de me movimentar, além de ser um insight sensacional.

It's kind of an old-fashioned medium, and I think it has to embrace the fact that it's old-fashioned. I think it's got to get rid a lot of the more immature elements, like the superhero thing, because that's been replaced by video games, and all this entertainment for adolescent males. So I think it has to start embracing that other, old-fashioned quality -- this hand-drawn medium, this quiet, intimate medium, and I think there's a lot more readers out there that it would appeal to.

segunda-feira, maio 05, 2008

final de semana em são paulo. em particular na liberdade. um mundo. mas descobri de vez que minha estética do frio já era. puff. noooo. foi junto com adolescência para algum lugar mítico que essas coisas vão.

(fiquei imaginando agora: um gigantesco armazém onde convivem meu Medo do Bicho Debaixo da Cama, minha Estética do Frio... todos os fragmentos perdidos da minha Existência Como Eu A Entendia.)

no more estética do frio pra mim. nooo. depois de dois anos e pouco no rio, os 16 ou 18 graus de são paulo com uma chuva fina me fizeram sentir na sibéria. renite todo o tempo. felt like crap.


mas são paulo é foda. como todo mundo sabe. só preciso me preparar melhor para a próxima vez. tipo comprar roupas de frio que não tenho mais.

ah, sim: nunca, nunca mais eu vou poder visitar o rio grande do sul ali por julho, agosto.

post scriptum e aviso legal: esse post contradiz severamente o post anterior.

quarta-feira, abril 30, 2008

dia cinzento no rio. tento não ser o gaúcho gauche no rio, a estética do frio, etc. mas alegria profunda colocar uma camisa sobre a camiseta, o máximo de inverno que o dia nos permite.
sob o efeito de drogas, o usuário do blogger fica paranóico e remove os posts sobre drogas.

menos aquele em que ele explica porque retirou os posts.

lógica impecável.

quarta-feira, abril 09, 2008

nota para si mesmo: não mude as cores do seu blog sob efeito de drogas.

quinta-feira, março 27, 2008

Ah, o amor entre comediantes é uma coisa linda. Venho acompanhando, com grande emoção a história de amor de Jimmy Kimmel e Sarah Silverman. Em uma entrevista do Dave Letterman Show, ela conta como eles se conheceram: Ela o apresentou em um evento, com essas palavras lindas:
- And now, Jimmy Kimmel. He´s fat and got no talent. Watch out, Danny Aiello.
Um ano depois, era a vez dele. Em outro grande evento, ele a apresentou com essas palavras emotivas:
- The next performer is where I put my penis when I think about Pamela Anderson.
Agora, eles encontraram outras maneiras de celebrar seu amor. Depois de Jimmy, que tem um talk show, passar uma temporada debochando de Matt Damon, sarah fez uma video-carta para ele:
E não perca também a emocionante resposta dele:

sábado, março 15, 2008

jaime hernandez, the man, dá a melhor resposta: afinal, porque tantos quadrinistas fazem auto biografia?

Why do you think the vast majority of acclaimed “independent” comics are written in a memoir style? From R. Crumb to Gabrielle Bell to Chris Ware to Chester Brown, “indie” comics tend to be written from the vantage of the author, about the author. Why, in your opinion, is this the trend?

They must really be in love with themselves.

terça-feira, março 11, 2008

É duro de crer, especialmente para mim, mas é meu segundo ano desenhando Copacabana. Você ouve dizer que fulano levou anos desenhando um álbum, mas na prática é assombroso ficar tanto tempo em um projeto. Eu, que mudo de idéia duas vezes por dia.

Já passei por todas as fases: engano ("ah, dá pra fazer em seis meses"), desespero, desistência, retorno, penitência.... agora estou de novo em um lugar muito bom. depois das férias e de quase dois meses sem tocar no trabalho, foi brutal retornar. brutal. mas voltei com todas ganas. estou refazendo un 20 ou 30 por cento do que já fiz. e fazendo material novo com um vigor novo. e ficando muito feliz com o resultado.

e como você faz para levar uma maratona como essa (dois anos, algo em torno de 150 páginas)?

um quadrinho de cada vez. como diria Rambo.


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aqui no Flickr tem umas amostras grátis.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

uns desenhos. uncle bob.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

uma ironia boba: o número espantoso de comentários em cada um de meus posts atestam o óbvio: toda a internet se pergunta por onde tenho andado.

um fato simples: me instalando em minha nova vida - trabalhando fulltime em casa, muito feliz, mas ainda sem internet (die, Virtua!).

uma observação passageira: a funcionária do cybercafé espanta o tédio estourando bolhas de plástico-bolha.

e esses comentários devem ter me custado uns 20 centavos. assim que a velox (Die, Virtua!!!) estiver instalada, escreverei com calma. baccio a todos.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

momento profundamente carioca ontem. (com toda a falsidade ideológica aqui contida). Descemos (para quê mesmo?)vimos o final de tarde que estava em pleno andamento e caminhamos a quadra que nos separa da praia. o inacreditável de sempre, o momento cinecittá, de andar pela cidade e adentrar aquele cenário taitiano. me gustan os finais de tarde severos, menos estupefacientes, mais discretos. ontem tudo estava acinzentado em azul para a esquerda, um pouco de magenta; cinza esverdeado à direita, quase no forte que agora tem uma roda gigante. e estamos antecipando o que vai ser andar nela (curioso esse negócio de "andar" em uma roda gigante). o mar estava calmo e uns poucos cidadãos dentro dele flutuavam, quase sem ondas. outros pescavam. a 100 metros da avenida onde a hora do rush ainda estava acabando. atravessamos a avenida e fomos num boteco atrás de casa, comer empadinhas de camarão (quentes, a consistência perfeita que desmorona em sua primeira mordida) com chope. comemos e bebemos em cadeiras na calçada, sentados sob as árvores, nossos copos apoiados naqueles barris metálicos de chopp. profunda tranquilidade, grande satisfação. esses momentos quietos do rio são a cidade que vi e me encanta.