quinta-feira, outubro 30, 2003

Para os simpatizantes de novelas, para os que reclamam que nada acontece nesse blog, para decifrar as fábulas, para agradecer infinitamente ao dudu: eu e phrann. phrann e eu. coisas incríveis acontecem nesse mundo. ela veio, viu e venceu. das palavras insanas à presença, foi um caminho longo e brevíssimo. my soul is taken. feliz.

sexta-feira, outubro 24, 2003

Missing mister misery

numa dessas coisas, tinha voltado a ouvir nos últimos dias a trilha de elliot smith para gênio indomável. sempre pulando as faixas para ouvir só aquela tapeçaria sonora tão sutil dele, aqueles vocais dobrados sussurrados, aquele lugar em que se podia morar, com sombra e um fiozinho de luz.

hoje leio que ele se foi com uma facada no peito. ontem, anteontem ou algo assim. quem se mata com uma facada no peito?

epitáfio clássico do pasquim: os melhores vão primeiro. ou:com tanto filho da puta pra ir...

lembrei da morte de genet, que me pegou igual. uma tristeza absurda, meio ridícula, meio adolescente. ana cristina pulando pela janela. misery.

quinta-feira, outubro 23, 2003

queria poder explicar mais. mas se faz tão cedo. oferendas do céu como piñatas. nunca desejei ser obscuro. mas são coisas mafiosas. proteções para nascentes. uma máfia de dois.

terça-feira, outubro 21, 2003

fábula

uno encontra um tesouro. uno se pergunta tanto. se merece, se tem onde guardá-lo, se. o céu confunde os pedestres oferecendo possibilidades, pensa ele. frente a uma epifania, frente ao espelho, frente ao furacão. ele sente uma possibilidade de alegria enorme. um medo proporcional. uno quer saber onde está, quem é, para que lado vai. o tabuleiro é vastíssimo.

sábado, outubro 18, 2003

a manhã me encontra um tanto desolado. vítor canta tambong, dança catala e dança trégua. são dias. explicações, explicações, sempre como facas pelos cantos, dizia james.

terça-feira, outubro 14, 2003

tenho projetos, como todo mundo. um, que vai indignar loulou, sempre tão ciumenta e senhora de si, é uma estória em quadrinhos sobre cortazar. blasfêmia, blasfêmia, encaixotar em janelinhas o velho julio.

bem, danem-se. o herói é meu também. e é, antes de mais nada a labour of love. em breve, quem sabe, publico trechos aqui e acalmo os cortazarianos mais ferozes.

o outro, decidido ontem é fazer coisas com phrann. nada do que dudu possa pensar, viu. respeito ao ex. quero desenhar coisas daquele barroco insano de lili Fran phrann. ainda não sei que forma vai ter. mas me anima enormemente. you just wait.

quinta-feira, outubro 09, 2003

*ainda sobre phrann, fuçando no site achei um comentário que podia ser uma carta de intenções dela:

o intento é andar no escuro tendo a língua por mãos.
phrann

deixa eu dizer o seguinte: existem usos e usos da linguagem. do mais pedestre e utilitário (como o jornalismo, sorry) à poesia, que é a linguagem brincando em estado puro, à beira do vulcão.

a maior parte de nós escreve prosa pedestre e quando pode dá uma lambida na linguagem para ver se ela parece melhor no espelho. porque ninguém aguenta viver no volume 9 todo o tempo. mas essa pessoa, phrann escreve no volume 9 o tempo todo. o blog dela é de um abuso da linguagem que me deixa pasmo. não há refresco aqui, não há retorno ao chão. tudo é linguagem. me confesso pasmado. grato a dudu por mais um link precioso. e evoé, phrann.

sexta-feira, outubro 03, 2003

acendo um cigarro em uma esquina de satolep e me sinto bem. por estar nesse exato momento aqui. você sabe, se você não consegue fazer isso onde você está agora, você não vai conseguir em berlim ou paris. não são platitudes, mas um fato. tente.