terça-feira, abril 04, 2006

o ônibus errado de novo. damn. desci na frente da rocinha. tranquilo. como diz o popular na entrevista, na favela tem mais trabalhador do que bandido. o problema é outro. e não dei dez passos, pá: polícia. fazendo o quê aqui? vem de onde? vai pra onde? faz o quê? deixa eu ver sua bolsa. tem flagrante? tinha nada. e dei sorte, muita sorte. não só por não ter nada, mas por ter pego uma dupla tranquila. o joelho deu aquela baqueada discreta, mas fora isso e uma inspeção minuciosa da minha bolsa (comentário dele: pô, mas você fuma pra caralho, uh?), fui liberado. primeiro atraque da minha vida, acreditem. acho que sempre tive cara de bom moço. mas cabeludo, razoavelmente bem vestido, na frente da rocinha, ia estar fazendo o quê?

o pior é o momento da inevitabilidade, tão bem descrito no cinema. você está andando e vê eles chegando. por um momento pode não ser com você, mas daí é. e depois que começa, claro, você nunca sabe como vai acabar. lição aprendida: não erre o ônibus, mané!

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