quarta-feira, janeiro 05, 2005

assim que wilbur ficou revoltado com meu silêncio sobre eisner. nem um comentário, nada.

bueno. talvez eu seja mesmo um quadrinista ingrato. me entristeceu mais a morte da susan sontag no outro dia, ainda que também não tenha comentado. sou um quadrinista que lê poucos quadrinhos. os mestres (pra mim) são poucos. também, honestamente, não consigo me abalar muito com a morte dos heróis. lembro de genet, ouvi pelo rádio, lamentei.

eisner é um mestre, incontestavelmente, uma influência e uma importância para o meio enorme. como criador e como divulgador. mas eu, honestamente, paro ali no spirit. ali ele estava à frente de todos, ali o desenho brilhava como nunca, ali tudo funcionava. diagramação inovadora, aberturas impactantes, humor único, um milhão de qualidades. mas todas as outras graphic novels que se seguiram e conquistaram o público passam meio ao largo de mim. o desenho não me parece ter envelhecido bem, há um ar datado em tudo, um excesso de sentimentalismo da idade avançada... enfim. mas respeito, principalmente o impulso criador que não esmoreceu nunca. aos 85 o velhinho estava ainda ali, na prancheta. tinha acabado de lançar mais um álbum.


wilbur diz lá em sua coluna que, de todas os autores que ele encontrou, só Eisner fez ele tremer a perna. são coisas de cada um, personalíssimas.

para mim seria kirby. the king.

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