Está lá. A Deusa fechando o mês de agosto.
terça-feira, agosto 31, 2004
sexta-feira, agosto 27, 2004
quinta-feira, agosto 26, 2004
quarta-feira, agosto 25, 2004
ok, não é o link mais profundo do mundo. mas é mágica aplicada. é um vídeo rapidinho que explica uma coisa que sempre quis saber. aqui.
terça-feira, agosto 24, 2004
hoje a fina caterina (lembra dela, fê? eu andei distante, mas voltei a lê-la) comenta um artigo de oliver sacks na new yorker, sobre como outras criaturas podiam sentir o tempo diferente de nós e como seria a percepção delas do mundo. não achei o artigo no site, mas o trecho que ela cita é fabuloso.
num mundo ideal, eu teria assinaturas da new yorker, the economist, wired, rolling stone, time e da folha de são paulo. todo dia uma dessas ia estar entrando sob minha porta enquanto o café cheirava na cozinha.
:) tive que sorrir com meu delírio.
num mundo ideal, eu teria assinaturas da new yorker, the economist, wired, rolling stone, time e da folha de são paulo. todo dia uma dessas ia estar entrando sob minha porta enquanto o café cheirava na cozinha.
:) tive que sorrir com meu delírio.
aqueles dias raros, em que o sol brilha na intensidade certa sobre seu casaco e você sente que pertence no mundo. que merece cada metro que pisa. atravessei a praça sob o sol, entrei no café e fumei um cigarro. ia pro trabalho, mas podia estar indo para qualquer lugar. estrangeiro e local. feliz. (essa palavra chocante).
segunda-feira, agosto 23, 2004
anotações de final de semana:
- movimento, muito movimento.
- entre dois dias de movimento, um jantar muito tranquilo com amigos. sempre uma alegria. para mim ainda é a definição de civilização você sentar com outros adultos, comer e beber bem e conversar.
- davi, um amigo que não frequenta o blog, me deu um retorno muito interessante. vocês lembram daquela velha sórdida que cuida do café? e que beija aquele velho decrépito? eu estava com aquela página pendurada em casa. davi olhou longamente e falou: - meu, eu conhecia uma velha que cuidava de um bar igual a essa. o mesmo turbante, tudo. e ela fumava feito louca e no final da noite agarrava os velhos!
sensacional. que posso dizer? as coisas são filtradas, vem do mundo e eu imagino que elas estejam lá, mas saber que estão de fato é bem bacana.
frase de uma filósofa urbana que conheci no meio do movimento frenético desses dias, lá pelas tantas da madrugada:
a fila tem que andar.
- movimento, muito movimento.
- entre dois dias de movimento, um jantar muito tranquilo com amigos. sempre uma alegria. para mim ainda é a definição de civilização você sentar com outros adultos, comer e beber bem e conversar.
- davi, um amigo que não frequenta o blog, me deu um retorno muito interessante. vocês lembram daquela velha sórdida que cuida do café? e que beija aquele velho decrépito? eu estava com aquela página pendurada em casa. davi olhou longamente e falou: - meu, eu conhecia uma velha que cuidava de um bar igual a essa. o mesmo turbante, tudo. e ela fumava feito louca e no final da noite agarrava os velhos!
sensacional. que posso dizer? as coisas são filtradas, vem do mundo e eu imagino que elas estejam lá, mas saber que estão de fato é bem bacana.
frase de uma filósofa urbana que conheci no meio do movimento frenético desses dias, lá pelas tantas da madrugada:
a fila tem que andar.
sexta-feira, agosto 20, 2004
aliás, o nível das produções francesas. mirem o que é esse site dedicado a um álbum. o álbum parece uma maravilha, mas o site em si já é uma alegria visual maravilhosa. kochka.
Esses europeus são malucos. Vendo o site de um álbum novo francês ( o álbum médio, o site muito bom), vejo os "storyboards" dele. Perfeitos. Ou melhor dizendo: belos porque imperfeitos. E está tudo ali: o desenho, o enquadramento, o clima. As páginas finais não me parecem melhores, a cor meio cheia de degradês... e a loucura de fazer tudo duas vezes.
O site principal é aqui, aqui você vê uma página de storyboard e aqui uma final.
O site principal é aqui, aqui você vê uma página de storyboard e aqui uma final.
eu tinha uma história muito boa do josué para contar. mas vou ficar devendo. fiz o lápis ontem e gostei muito. aí achei que precisava pegar uns ares da rua. aí, bom, me perdi. fica pra segunda. como diz augusto, the piano has been drinking.
quinta-feira, agosto 19, 2004
Armadilhas da percepção. Estava me esmerando para fazer uma reconstituição histórica para o jornal do encontro Jânio/Che. Só que Che na época (e na foto) está de cabelo curtinho. Vem um colega de redação por cima do meu ombro e lasca: "Ah, o Fidel." Pronto. Tive que fazer um makeover e colocar a fatídica boina/cabelão.
Citando Deleuse de ouvido, A. me corrija se ler isso, um platô está sempre no meio, nem começo nem fim. É um zona de intensidade. O livro se chama Mil Platôs e a imagem por fim fez sentido para mim. A sensação de que cheguei a um platô pessoal, de superação de angústias afetivas e de uma nova tranquilidade. Quase fiz como uma tira para o improvisation, onde o peregrino chegava no topo da montanha, mas aí entendi que teriam que ser montanhas dentro de montanhas dentro de montanhas... e deixei pra lá.
É um platô, não é um pico.
Posso chegar a outros. Mas esse está bom por ora.
Vamos respirar um pouco.
É um platô, não é um pico.
Posso chegar a outros. Mas esse está bom por ora.
Vamos respirar um pouco.
quarta-feira, agosto 18, 2004
acabou chorare, como diziam os novos baianos. nem eu me aguento resmungando por aqui. entre hoje e ontem, duas boas novas em quadrinhos: saiu mais um número da Mosh, revista de rock e quadrinhos com uma história desse que vos fala e saiu a trip comentando minha história do cortázar. bacana. coisas do mundo.
a trip vocês vão ter que comprar, mas a mosh eu recebi um número razoável de exemplares. suficiente para mandar para a meia dúzia de amigos que colocarem seus endereços aqui nos comments. então...
a trip vocês vão ter que comprar, mas a mosh eu recebi um número razoável de exemplares. suficiente para mandar para a meia dúzia de amigos que colocarem seus endereços aqui nos comments. então...
terça-feira, agosto 17, 2004
Hoje de manhã Lobão propunha múltipla escolha:
às vezes é melhor perder o controle e desabar (e quebrar todas as promessas), às vezes é melhor não insistir e deixar rolar (e tratar as sombras com ternura, o medo com ternura), às vezes é melhor virar a página e recomeçar tudo de novo.
As três opções me parecem possíveis e me ocorrem com diferença de minutos.
A isso se chama estar vivo?
às vezes é melhor perder o controle e desabar (e quebrar todas as promessas), às vezes é melhor não insistir e deixar rolar (e tratar as sombras com ternura, o medo com ternura), às vezes é melhor virar a página e recomeçar tudo de novo.
As três opções me parecem possíveis e me ocorrem com diferença de minutos.
A isso se chama estar vivo?
sexta-feira, agosto 13, 2004
Então. Estou sempre dizendo que as mulheres estão aí para nos educar e fazer melhores. Ontem duas delas, uma de perto e outra de longe fizeram sua alquimia de novo, me tomando pela mão e dizendo: não há chão. não há amanhã. não há nada certo. não aumente. não superestime. não espere. viva. só viva. seja honesto. não tenha medo de ter medo. não se agarre às paredes. não há paredes. não ande pelo mundo com óculos 3D procurando um amor que você inventou. mereça a cada momento o que você tem.
vou tentar.
gracias a A. e F.
vou tentar.
gracias a A. e F.
quinta-feira, agosto 12, 2004
terça-feira, agosto 10, 2004
Gabi não vai se importar (I hope) que meus 6 leitores vejam antes da estréia mundial o clip da Supermuffin que fiz sob encomenda para ela. A premiere vai ser no UnsRock de sexta. Mas como ela só deve usar uma imagem, os leitores do Improvisation podem ver a história completa.
segunda-feira, agosto 09, 2004
Hoje, passando pelo café Aquário, sorvedouro de almas e viveiro de formas de vida agonizantes, me perguntei se invejava aquelas criaturas que desistiram do amor e o trocaram por uma desesperança cordial, um cinismo tão afável.
Não sei a resposta, de verdade. Por um lado, é duro invejar a morte. Por outro, não sei se queria estar passando pelo redemoinho, por esse triturador da alma quando tiver 50, 60.
Não sei a resposta, de verdade. Por um lado, é duro invejar a morte. Por outro, não sei se queria estar passando pelo redemoinho, por esse triturador da alma quando tiver 50, 60.
Pois eu estava relendo O Livro de Manuel ao mesmo tempo que Fê, mas ela anda na página 226 e eu o reencontrei ilegível, viu Fê. Vai saber. O conceito de ilegível muda muito. Graças a A., estou lendo Deleuse, que me parecia sânscrito, nas primeiras linhas. Leminski falava que é um processo de aproximação, que as obras de arte "difíceis" vão se deixando ler aos poucos, por camadas ou aproximações. Talvez seja só uma impaciência com o aspecto político do Libro de Manuel. Rayuela eu posso reler sempre, embora eu ponha aí uns 6, 7 anos entre cada releitura. Afinal, Rayuela pode ser muitas mas também é uma só.
Esses livrismos (gostaram dessa?) entram como glacê disfarçando um bolo azedo, porque é o que acontece. Até Frank Sinatra foi chamado para dar conselhos, mas você sabe o que esperar de Frank. Tem uma verdade ali, mas tem uma caricatura também.
Toda vida é um processo de demolição, diz Deleuze citando Fitzgerald.
Esses livrismos (gostaram dessa?) entram como glacê disfarçando um bolo azedo, porque é o que acontece. Até Frank Sinatra foi chamado para dar conselhos, mas você sabe o que esperar de Frank. Tem uma verdade ali, mas tem uma caricatura também.
Toda vida é um processo de demolição, diz Deleuze citando Fitzgerald.
sexta-feira, agosto 06, 2004
quinta-feira, agosto 05, 2004
quarta-feira, agosto 04, 2004
terça-feira, agosto 03, 2004
Lendo Lacan no trabalho, se tal coisa é possível.
"the real, the symbolic and the imaginary are the whole of what is, and figuring their connections is a cosmological exercise"
A Deusa Internet me diz que Lacan diz que o Real é inatingível, inefável, impossível de ser percebido ou alcançado. E que qualquer tentativa de percebê-lo falha em si por ter de passar pelo aparato simbólico que usamos para interpretar o mundo. Isso veio de um acaso do surf, mas se soma aos debates abaixo. Ainda que eu me sinta um macaco em uma máquina de escrever. E A. já tinha me falado isso. Não que eu sou um macaco, mas sobre o real.
Uma coisa a qual eu me vejo voltando é esse Pop Magic, do Grant Morrisson. Tem algo que me interessa muito ali. Essa visão da magia não como um mumbojumbo espiritual, mas como uma percepção, compreensão e sabe-se lá, uma ação, sobre as forças que agem sobre nós. Forças também sem buhhh mágico. Pulsões, simples fatos, química... tudo isso com humor, sem cerimônia, sem pretender ser algo que não humano.
Num momento de ócio criativo comecei a traduzir o texto. O original é longo e está aqui , para quem se interessar.
Aqui sou eu que diz, não ele - você faz magia quando manda uma mensagem pelo celular e causa uma pequena mudança no mundo da pessoa que recebe. Quando você apresenta amigos. Quando você escolhe uma roupa para sair. É uma questão de sinais recebidos e sinais enviados. Modificações na realidade.
Mas enfim, aqui está o primeiro parágrafo do Pop Magic:
Pensando sobre Magia
Tudo que você precisa para começar a praticar magia é concentração, imaginação e a habilidade de rir de si mesmo e aprender dos seus erros. Algumas pessoas gostam de se vestir como egípcios ou monges para entrar no clima, outros usam máscaras de animais ou roupas de Barbarella. Mas o uso de parafernália ritual funciona só como uma ajuda à imaginação.
Qualquer coisa que você puder imaginar, qualquer coisa que você puder simbolizar, pode se transformar em realidade e produzir mudanças mágicas no seu ambiente.
Num momento de ócio criativo comecei a traduzir o texto. O original é longo e está aqui , para quem se interessar.
Aqui sou eu que diz, não ele - você faz magia quando manda uma mensagem pelo celular e causa uma pequena mudança no mundo da pessoa que recebe. Quando você apresenta amigos. Quando você escolhe uma roupa para sair. É uma questão de sinais recebidos e sinais enviados. Modificações na realidade.
Mas enfim, aqui está o primeiro parágrafo do Pop Magic:
Pensando sobre Magia
Tudo que você precisa para começar a praticar magia é concentração, imaginação e a habilidade de rir de si mesmo e aprender dos seus erros. Algumas pessoas gostam de se vestir como egípcios ou monges para entrar no clima, outros usam máscaras de animais ou roupas de Barbarella. Mas o uso de parafernália ritual funciona só como uma ajuda à imaginação.
Qualquer coisa que você puder imaginar, qualquer coisa que você puder simbolizar, pode se transformar em realidade e produzir mudanças mágicas no seu ambiente.
A pergunta do post abaixo vai além das circunstâncias. Que não são poucas. Tem a ver também com qual set de ferramentas você usa para interpretar o mundo. Felizmente esse set vai mudando, se você permite que ele mude.
Você começa tropeçando pelo mundo, ganha experiência pessoal (e a usa como ferramenta de interpretação), adquire algumas certezas da psicanálise (causa-efeito) e depois começa a achar que ela não dá conta. Alguns nessa hora enveredam (eu ia dizer apelam, mas) pelo misticismo, pelas Grandes Causas que não podemos entender. Já uma amiga minha acha que devemos entender os arquétipos. Do Tarô, dos mistos gregos, da tragédia.
Eu acho que não somos preparados para lidar com o mundo. Acho que as escolas deviam ensinar filosofia, ética, física quântica, psicanálise de todos os matizes...
Eu estou surfando em informação, procurando maneiras de entender, o amor, principalmente. (mas o amor, essa palavra...dizia Cortazar).
Esse é um post incompleto, claro. Como caberia tudo aqui? Vou somando aos poucos.
Você começa tropeçando pelo mundo, ganha experiência pessoal (e a usa como ferramenta de interpretação), adquire algumas certezas da psicanálise (causa-efeito) e depois começa a achar que ela não dá conta. Alguns nessa hora enveredam (eu ia dizer apelam, mas) pelo misticismo, pelas Grandes Causas que não podemos entender. Já uma amiga minha acha que devemos entender os arquétipos. Do Tarô, dos mistos gregos, da tragédia.
Eu acho que não somos preparados para lidar com o mundo. Acho que as escolas deviam ensinar filosofia, ética, física quântica, psicanálise de todos os matizes...
Eu estou surfando em informação, procurando maneiras de entender, o amor, principalmente. (mas o amor, essa palavra...dizia Cortazar).
Esse é um post incompleto, claro. Como caberia tudo aqui? Vou somando aos poucos.
segunda-feira, agosto 02, 2004
Para os fiéis e infiéis, tem mais uma história da Deusa no Improv.
Por um lado, a questão talvez não seja de acreditar ou não nela, mas de ela acreditar em nós. Por outro, tenho um desenho enorme dela na frente da mesa de desenho e estou pensando em tirar. Acho que ela está me mandando mensagens e que fico só filtrando as histórias dela.
Pelo menos essa história não mostra ninguém se fodendo, como diz tão gentilmente Wilbur. Essa é a Deusa orquestrando, coreografando os acontecimentos. Fazendo acontecer.
Talvez pra ver alguém se foder depois, mas aí já é outra história. :)
Por um lado, a questão talvez não seja de acreditar ou não nela, mas de ela acreditar em nós. Por outro, tenho um desenho enorme dela na frente da mesa de desenho e estou pensando em tirar. Acho que ela está me mandando mensagens e que fico só filtrando as histórias dela.
Pelo menos essa história não mostra ninguém se fodendo, como diz tão gentilmente Wilbur. Essa é a Deusa orquestrando, coreografando os acontecimentos. Fazendo acontecer.
Talvez pra ver alguém se foder depois, mas aí já é outra história. :)
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