Existe essa coisa interessante do pensamento para fora, oposto ao introspectivo, que é mais circular, acho; que é descobrir pensamentos que você não sabia que tinha em você. Pensando em voz alta, como a loooonga conversa que tive na madrugada de ontem com A., tendo insight sobre insight ou como escrevendo nesse blog, que não tem pauta, não tem premeditação. Nos comentários do post abaixo, por exemplo, surgiu uma idéia de história. Aliás, essa era uma que podíamos fazer juntos, Wilbur, de alguma maneira. Think about it. Fiquei imaginando escrever essas gags a quatro mãos.
Respondendo hoje um e-mail de Augusto, o Sacerdote do Grande Olho que Tudo Vê, também formulei coisas que me agradam. Augusto comentava o gato 2D, falava de sua idéia para um Homem 2D e eu comentei que, quando fiz o Porque Gosto das Mulheres, ela era a Mulher 2D. ( Que é A., by the way, se você não chegou a deduzir isso.) E que pra mim me interessa muito isso, essa admissão de que é um mundo chapado, bidimensional. O volume é uma coisa que desaparece cada vez mais do meu desenho. E quando existe, é um volume gráfico, vazio, 2D. Mesmo as linhas que marcam a cidade ao fundo podem ser só linhas. É o olho do leitor que pôe a cidade lá.
Ou: "It´s only lines on paper, folks". (Robert Crumb)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário