sexta-feira, julho 30, 2004

Mudei de idéia e pus no ar uma coisa esquisitíssima no Improvisation, uma fotonovela psicodélica desenterrada do passado.  Enjoy.
Propaganda da propaganda.

Estamos em fase de expansão, amigos. Não quer dizer derrubar paredes e aumentar o estúdio (quem dera), mas simplesmente colocar o trabalho na rua, seja ela virtual ou real. É necessário e preciso me dedicar mais a isso, inclusive. Como disse alguém, é fácil criar um site. Também é fácil abrir um posto no meio do deserto. Não quer dizer que alguém vá passar por lá.

Então, vocês podem ver o Improvisation destacado no site Quadrinho.com . E se os deuses não forem contra, uma coluna da Trip de agosto vai falar desse seu amigo, mais especificamente da história do Cortazar. Quem sabe dá um gás para eu retornar ao projeto dos escritores. Ou até achar um lar pra eles, quem sabe. O movimento é para fora. 

Contraditoriamente, não tem Improvisation hoje. Mas é que me meti numa história mais longa. Segunda-feira o silêncio deve compensar. Abraço e bom findi a todos.

quinta-feira, julho 29, 2004

Deixa eu me expor à ira de Augusto e outros nonbelievers: Ventura, dos Los Hermanos é muito lindo. Me emprestaram e não consigo parar de ouvir. Muito raramente ouço um CD inteiro. Minha mente zapeadora geralmente faz um link na segunda faixa e já pula para outros dois ou três outros CDs. Mas ouvi todo, voltando para ouvir de novo várias faixas. Para o caso de alguns amigos do outro lado do mundo não terem ouvido, é uma coleção de sambas tristes e marchinhas, recriados com baixo, guitarra e bateria e um monte de metais muito bem aplicados. Parece velho e novo ao mesmo tempo. E como nos bons romances policiais, você não adivinha o fim na primeira linha. A melodia dá voltas, o arranjo se reinventa... resumindo: gostei muito.

quarta-feira, julho 28, 2004

Belle du jour, ainda se sentindo didática, explica um momento íntimo em detalhes. Além de efeitos óbvios em mim, eu me vejo querendo comprar o livro dela. :)

Aliás, andei seguindo os links dela, todos de alguma forma ligados a trabalhadores da indústria sexual, mas ninguém tem a finesse dela, nenhum escreve tão bem. É a Bridget Jones do sexo.

Um que tem seu valor, para quem quer passar algum tempo no escritório pensando em sexo (além do que você já pensa, seu tarado!) é esse True Porn Clerk Stories, contando o que vê um balconista de uma locadora de vídeos pornô. Não é pouca coisa. Faz você se sentir muuuito normal. :)
Voltando à cena da Belle, então. Duro é impedir a imagem de se formar em sua mente, mas enfim. Enjoy.


Hands and feet are bound in pairs, with a short bit of the rope between them. Limbs are in front of me, in the air. My back on the bed. SH knelt on the bed, entered me, pulled my legs toward him so they rested with the backs of my calves on one of his shoulders. I sit up slightly, the way the hands and feet were tied it was difficult not to. When he came, he pulled my legs into his body, put his hands around my wrists, and picked me up off the bed. He's still kneeling. He is a lot taller than I am and very strong.That is how it was done. No, I won't draw a diagram.



Existe essa coisa interessante do pensamento para fora, oposto ao introspectivo, que é mais circular, acho; que é descobrir pensamentos que você não sabia que tinha em você. Pensando em voz alta, como a loooonga conversa que tive na madrugada de ontem com A., tendo insight sobre insight ou como escrevendo nesse blog, que não tem pauta, não tem premeditação. Nos comentários do post abaixo, por exemplo, surgiu uma idéia de história. Aliás, essa era uma que podíamos fazer juntos, Wilbur, de alguma maneira. Think about it. Fiquei imaginando escrever essas gags a quatro mãos.

Respondendo hoje um e-mail de Augusto, o Sacerdote do Grande Olho que Tudo Vê, também formulei coisas que me agradam. Augusto comentava o gato 2D, falava de sua idéia para um Homem 2D e eu comentei que, quando fiz o Porque Gosto das Mulheres, ela era a Mulher 2D. ( Que é A., by the way, se você não chegou a deduzir isso.) E que pra mim me interessa muito isso, essa admissão de que é um mundo chapado, bidimensional. O volume é uma coisa que desaparece cada vez mais do meu desenho. E quando existe, é um volume gráfico, vazio, 2D. Mesmo as linhas que marcam a cidade ao fundo podem ser só linhas. É o olho do leitor que pôe a cidade lá.

Ou: "It´s only lines on paper, folks". (Robert Crumb)

terça-feira, julho 27, 2004

Mas um dia, Wilbur, se você voltar ao Brasil, podemos formar um duo cômico, o que você acha? Ou eu vou até aí e ficamos contando piadas no metrô por moedas. Lembrei daquele episódio do Seinfeld que o George quer um apartamento que está reservado para um sobrevivente do naufrágio do Andrea Doria e ele consegue convencer o Conselho de que a vida dele é muito mais triste. Algo assim.

Ok, ligações encerradas. Você não pode mais ligar para participar do incrível debate interativo sobre minha vida sentimental. Mas os telefones não pararam de tocar, suas doações foram recebidas, o programa foi um sucesso, nossos patrocinadores agradecem. Mas ontem assinei um contrato de paz com minha Miss Sarajevo e restauramos nossa zona autônoma temporária. Lamentamos o fim de sua diversão. Mas chances não faltarão em um futuro próximo. Nossos comerciais, por favor.

segunda-feira, julho 26, 2004

Quando me acho impossível, quando me acho assim obsecado, quando busco sangue na internet e só acho comentários culturais ( e leio e leio até a náusea) vou até Loulou e releio sua impossível paixão de três dias com Miha, o croata. É impossível, é obsessiva, é lindamente escrita nos menores detalhes desprovidos de vaidade, de autopreservação. Não é por nada que ela é espanhola. Loulou, aqui ninguém te conhece e não acho que você se importe, então o link está aqui. E não se preocupe. Quem, além de mim em febre, vai ter a saúde de ler tudo isso?

A Mulher Enigma

O que é a fantasia. Me vejo querendo que ela tivesse um blog e eu pudesse ler o que se passa pela cabeça dela, como se isso fosse possível. Será que as palavras dão conta? Wilde diz o seguinte: Women are meant to be loved, not understood. Está muito bem, Mr. Wilde (embora eu me pergunte o que sabia ele de mulheres), mas e quando o amor não é o suficiente, o que faz o mortal?
belle du jour, tão didática e graciosa ,ensina às novas gerações o manual do fuck buddy, expressão que não ousaria traduzir para o português, mas que a maior parte de vocês deve saber o que significa. Minha vida seria muito, muito mais fácil se eu conseguisse ser ou ter isso. Mas.

But I´m a loser, baby, so why don´t you kill me?

O final de semana foi horrível. Mas o inferno não são os outros. Somos nós mesmos, sempre. Posted by Hello

quinta-feira, julho 22, 2004

uma entrevista tão curtinha pode dizer tanto.

eu quero ser um velhinho que nem ele.

jodorowski.

she

oh boy. we were talking and smoking in the couch when she opens her pants to show me her tan, in that subtle place where the tan ends and it gets paler and the pubic hair begins...

some images can haunt you. and I´m at work right now, by the way.

quarta-feira, julho 21, 2004

Algumas coisas não carecem de comentários. O fato já é estupefaciente sem adjetivos.

Pois Osamu Tesuka, ilustre quadrinista japonês, quadrinizou a vida de Buda. Em 8.000 páginas. Entregues em suaves prestações de 400 páginas cada volume. E, segundo as críticas, ainda é sensacionalmente bom. Ahhn.

O que isso faz de nós, que choramingamos a cada 10 páginas?
Nosso setor de cartas à redação traz essa pertinente questão, enviada pelo leitor Wilbur.

A proposito eu tava com uma duvida sobre a Deusa do Amor. Nao tem 'Deus do Amor' pra mulher? Tipo, soh homem que se fode mesmo?

Consultamos o criador dessa impactante nova série de quadrinhos e eis a íntegra do fax que ele nos envia,  direto de suas merecidas férias no caribe:

Ha. Boa essa. Acho que vem da experiência pessoal. :) Mas não, lembrando bem tem uma modernosinha choramingando no banheiro na primeira história.

Mais uma dúvida esclarecida.

gag surrealista do dia. Posted by Hello

terça-feira, julho 20, 2004

Enfim uma leitura decente na internet. O Blog do Hulk! Profundo e cheio de estilo, tem até comentários políticos (!), como esse:

Some people ask Hulk why Hulk not run for president.Hulk have simple answer.Hulk not smart enough to be president and Hulk knows it, unlike stupid puny human Bush in office now. Only saving grace of puny human Bush is his face looks like MONKEY.HELLO MONKEY!!!!
Alguns recém-chegados ao mundo dos quadrinhos não surpreendem. Que Tarantino, Robert Rodriguez ou Kevin Smith queiram escrever roteiros para quadrinhos faz todo o sentido, se você viu os filmes deles.  Mas autores de áreas tão distintas vem se materializando que o iludido já acha de novo que agora vai, agora o mundo descobriu que os quadrinhos existem, etc. Não vou nem entrar nessa ilusão.

Mas veja a lista de novos roteiristas e me diga se não é surpreendente -  John Cleese, ex-Monty Phyton (escrevendo o super-homem!); Courtney Love (fazendo mangá); Douglas Rushkoff, teórico da internet e dos novos meios, lançou uma história sobre adolescentes que frequentam uma rave que só existe nos seus sonhos (by the way, parece muito original, mas Cortázar já tinha feito em 62 - Modelo para Armar); Noam Chomski!!!! ( Esse ainda não sei o projeto, mas sei que.)... e segue. Wilbur deve ter mais exemplos.

Não é a salvação da lavoura, mas é interessante, no mínimo. Outras vozes, outros pensamentos. No mínimo são várias pedrinhas caindo no lago.

como diz a canção, what a difference a day makes. a nuvem foi muito intensa de domingo a segunda. tanto que pulei um dia do improvisation, fato que lamento muito. mas não tinha como. hoje o mundo é outro, a realidade se transforma, etc. que animais simplórios somos.

segunda-feira, julho 19, 2004

embora eu não estivesse realmente prestando atenção, o mundo chama hoje. a história do cortázar está achando maneiras de se multiplicar e pode aparecer num lugar bem bacana. conto quando e se for realidade, sabe como é. mas por conta disso, coloquei no sad comics o começo do camus, até para ver se tomo vergonha e retomo o projeto dos escritores. veremos.
não sei se a verdade nos salvará ou se vamos todos nos foder por causa dela, mas estamos aqui. se arrastando sobre vidro moído e perguntando porque dói. aqui está o que ela me manda e compartilho com todos. hoje, very much alive.

Amor Líquido - Sobre a Fragilidade das Relações Humanas
Zygmunt Bauman
Diante do ritmo surpreendente das mudanças em praticamente todos os detalhes do ambiente em que vivemos, da aguda incerteza sobre a vida futura e curta -as expectativas de cada "projeto" em que estamos atualmente envolvidos-, precisamos muito de um ponto de referencia estável e confiável que possa suportar as correntes transversais. E onde seria melhor procurá-lo do que em amigos leais sempre prontos a segurar nossas mãos, parcerias inquebrantáveis e uniões que durariam "ate que a morte nos separe"?Por outro lado, no mesmo "mundo de fluxos" em que nada consegue manter sua forma por muito tempo, e preciso muita ousadia (e hesitação, e bater no peito e remorsos) para assumir compromissos de longo prazo e, assim, hipotecar futuras oportunidades das quais ainda não podemos saber, mas podemos ter certeza de que surgirão. Quanto mais próximo e um relacionamento, mais ele parece ao mesmo tempo uma promessa e uma ameaça. Não admira que uma "rede" possa parecer uma alternativa sedutora aos laços. Em uma rede, como você sabe, desligar-se e tão fácil quanto ligar-se.
 

sexta-feira, julho 16, 2004

pois rendeu a presença do morrisson aqui.

agora, sobre aquela questão ali nos comments, eu gosto muito do ponto de vista do Morrisson - sim, eu podia ser um artista sofredor e fazer fanzines ou pagar para imprimir meus trabalhos e etc, mas porque se eu posso ter uma megacorporação me pagando (e bem) pra fazer exatamente o que eu quero?

eu acho que nesse caso, o meio não é a mensagem. E o desejo dele de ser pop é profundamente subversivo.

quinta-feira, julho 15, 2004

hoje minha vida parecia por demais um filme francês. A. me visitou pela manhã e fumamos como loucos (as usual) discutindo teoria de cinema e quadrinhos, entre páginas espalhadas e cinzeiros. Nosso descolamento do filme veio só que tomamos mate em vez do café clássico. mas foi um detalhe.
ninguém se importa, eu suponho, se rompo um pouco o decoro e o sigilo e digo que gosto cada vez mais dessa mulher. e da alegria que é ter uma mulher assim inteligente do lado. e que corações e mentes podem conviver bem juntos.

dizer essas coisas é sempre desafiar a ira dos deuses, mas quem sabe a deusa pode ser parcial comigo, por ser seu embaixador? veremos.

quarta-feira, julho 14, 2004

dudu deu o link (parece coisa de uma cartilha - ivo viu a uva) e qualquer entrevista de grant morrisson vale a pena. essa parece mais espetacular que outras. acabei de ler agora e me confesso tonto. pouco seres humanos tem tantas idéias dentro do seu cérebro, me parece e certamente pouquíssimo escritores de quadrinhos diriam coisas como isso

Everything is literally entangled, it can all be communicated with and affected 'at a distance' because there is no distance, only a simulation of apparent separation which our limited consciousness feeds us second by second at 11 bits. The 'telepathy' which brings people together is no more or less supernatural or unlikely than the 'telepathy' which brings two of your fingers together when you think about it. Patience, participation and constant close observation of what's going on, on the inside and on the outside will soon make you a fine sorcerer, if that's what you want to be.

porque além de roteirista brilhante, morrisson é um mago praticante. que rejeita as patuscadas e auto-importância de figuras como paulo coelho. é uma visão da magia mais próxima da ciência, da supercomplexidade desse mundo.

então, se você tem muuuito tempo livre, a entrevista está aqui. e gracias a law por ter me apresentado a esse demônio pop.

terça-feira, julho 13, 2004

deu no new york times

pois. para um meio que choraminga e choraminga por reconhecimento, o new york times é uma esperança. longa matéria e bem fundamentada. ainda que o repórter tenha aquele tom "pois não é que esses tais quadrinhos tem algum valor", você vê que ele se deu ao trabalho de ler as obras, conversou com alguns figurões, etc. e se você não tiver a paciência de ler a looonga matéria, vale pela foto. é um dos grupos mais tristes de homens que já vi. boy, parece que eles estão no corredor da morte.

a coisa toda está aqui.
pois juntando esses dois, que estão espalhados pelo mundo, deixa eu me pôr bobo aqui e dizer que me dá um orgulho besta de ter amigos tão talentosos.
o foda no caso de jorge é ele ser um diletante nos quadrinhos, alguém que não vinha gastando a bunda nisso e está fazendo um trabalho absurdo. já wilbur é um obsecado. pelo meio em si e em cada página que faz. você pode dar uma espiada aqui. veja e chore.
encontrei tardiamente esse comentário do adrianowilbur perdido lá embaixo:

Ah, para de chorar, senta a bunda e desenha. PArabens por estar mantendo aquele site com desenhos novos.

pois você sabe que estou convencido que uma das coisas fundamentais em um desenhista é justamente a bunda. ou digamos a capacidade de colá-la em uma cadeira e mantê-la lá por muito tempo. quase tudo se resume a isso. mantenha sua bunda lá. é o único jeito.

jorge deve estar sabendo bem o que é isso nesse momento. não vai nenhum duplo sentido aqui, mas senta, jorge. sei que barcelona está cheia de distrações, mas senta. :)

e vê se posta uns desenhos pra nós.
sim, o trash escorregou daqui para o improvisation society. mas amanhã o nível sobe. a deusa do amor faz mais um passeio entre nós. e com sorte entenderemos um pouco mais o critério dela.

segunda-feira, julho 12, 2004

o final de semana foi cheio de filmes trash. o melhor-pior era um que tinha eric roberts como herói (o que já diz tudo) e michael madsen como co-herói, aquele cara cool que não faz nada no filme. (ele é aquele que corta a orelha do policial em cães de aluguel e nunca mais fez um filme decente na vida).

inacreditável, o filme. eric roberts nocauteou metade dos seguranças do prédio soprando dardos tranquilizantes por um canudinho. desses pequeninhos, que vêm com o toddynho. isso a uns 10 metros de distância. maravilhoso. depois uma vilã nazistona bate nele com uma barra de ferro por uns 20 minutos. mas isso incrivelmente não tem efeito nenhum no nosso herói. você sabe, ele sua um pouquinho, mas é só. ele devia ter ossos de adamantium.

vai por aí a coisa.
outra cena maravilhosa: o presidente, (ah sim, ele foi sequestrado), corajosamente joga fora o celular do vilão, de cima do prédio. considere agora que o FBI cercava o prédio. pois o celular cai exatamente aos pés do agente do FBI que falava no celular com o vilão. e por aí vai. helicópteros de brinquedo usados para as explosões...

vida longa ao trash.
lendo isso, lembrei de um desses texto da internet. se chamava things only women can get away with. algo como "coisas que só uma mulher poderia fazer e se sair bem".
lembro de uns trechos: mulheres usando roupas do namorado ficam sexy, casuais e elegantes. homem usando as roupas da namorada ficariam absurdos. no mínimo.
mulheres se masturbando são uma visão sexy. homens se masturbando são patéticos.
mulheres que tem vibradores são independentes e poderosas. homens que tem vaginas plásticas são dignos de pena. e por aí afora.

by the way, não estou reclamando. faz parte da minha infinita admiração pelas mulheres. eu adoro que elas existam. estou confortável em minha posição de sexo inferior. :)
posso continuar minha fascinação vouyerística com a belle du jour? aquecer a segunda-feira dos amigos. também, minha fascinação com essas diferenças entre homens e mulheres. vá lá que não é qualquer mulher que tem a presença de espírito para fazer isso, mas homem nenhum teria. só uma mulher, para fazer isso na frente do parceiro e ainda sair triunfante e poderosa. vamos à cena.

It was a longer drive than I thought. An hour or more out of London I started to get the familiar twitchy feeling. "I was thinking of masturbating," I said to OOP. "But you were going to stop soon for food, weren't you?"

"I'll give you plenty of warning if I decide to stop," he said.

"And let me know if you're about to pass any lorry drivers?"

"I will."

Unzipped my jeans and reached into my knickers with the left hand - already soaking wet. I slipped two fingers inside, then a third, rubbing my clit with the thumb. The radio was on, some droning Radio Four drama. I turned it down. It was distracting. Turned it down again so the acotrs' voices were just a whisper. Closed my eyes. I don't know how long it was before I came, twitching and grunting, but the same play was still on when I finished. Pulled my hand out, licked the fingers. We stopped soon after for a cream tea.

sexta-feira, julho 09, 2004


gag para o finm de semana. Posted by Hello

quinta-feira, julho 08, 2004

spider, spider

as coisas que a gente encontra por essa internet. sem dinheiro para ir ao cinema? que tal ver o filme do homem-aranha feito em lego? sim, é verdade. está aqui.
belle de jour descreve o café perfeito, depois de descrever como o namorado novo é bom usando cordas no quarto. são muito os prazeres dessa vida.

This morning we rose early, fooled around a bit, and nipped down to my favourite coffee shop. It's not a coffee shop as such, more an incredibly small space filled with fresh bread, Mediterranean and Asian foods, cakes and chocolates, more lilies than a Catholic funeral, organic groceries and two tiny tables at the back as an afterthought. The staff are rather left of centre and make the nicest cappuccino. Before ten, the pastries are still warm. It's heavenly.
mesmo o homem que desenha tem uma vida, onde coisas acontecem. aconteceram ontem, então hoje não tem improvisation society. mas olha, valeu a pena, devo dizer. :)

terça-feira, julho 06, 2004

rejeitando trabalho. coisa que não devia nem podia fazer. seria ótimo se eu fosse como jorge, que consegue ser um puta ilustrador, um puta diretor de arte e ainda fazer uns quadrinhos maravilhosos como se fosse um passatempo, uma coisa tranquila. não é meu caso. minha energia vai se filtrando cada vez mais para os quadrinhos e meu tesão para fazer design morre a olhos vistos. pelo menos para fazer freelas, coisas depois do expediente. consigo manter meu trabalho como diretor de arte do jornal, mas saindo daqui? quero desenhar, fazer quadrinhos.

obviamente é convidar a miséria. seria mais fácil entrar para uma ordem e virar franciscano de vez. vou acabar lavando pratos.

segunda-feira, julho 05, 2004

porque é uma questão, essa do autobiográfico. tenho sentido muito isso no improvisation society. por não ter a camada protetora de uma história, com personagens e por estar tão próximo das minhas circunstâncias, isso vem acontecendo. e já era uma coisa que me interessava, que eu pensava a respeito. mas é todo um mundo. como filtrar as coisas, como não fazer um diário e principalmente como dizer a verdade. parece simples, não é? mas é muito, muito difícil. a verdade e a, digamos não-verdade, está em cada traço, em cada objeto. como desenhar o que você vê, lembra, em vez de um modelo ideal que está em sua cabeça. como evitar o genérico, a clipart. existe uma verdade em cada xícara.
frase muito boa que vem do fim de semana - reencontro dani, a imperatriz, que não via há algum tempo. e ela diz: nossa, você está cabeludo. por isso é que o homem que desenha, dos quadrinhos, aparecia cabeludo...

taí, gostei. o-homem-que-desenha. é bom porque não sou eu, é uma entidade. isso me dá uma alegria de não estar sendo descaradamente autobiográfico.

sexta-feira, julho 02, 2004

it´s friday, people. my mind feels, like in the koan, "empty and marvellous". outro que gosto é " sitting quietly, doing nothing". que tal isso para programação de final de semana?

nahh, estou certo que acharemos o que fazer. :)
baccio a todos.

quinta-feira, julho 01, 2004

a arte de falar mal

assim que parece que blueberry, o filme baseado nos quadrinhos de giraud es malo, muy malo. ou pelo menos é o que diz esse site espanhol, em uma orgia de hipérboles que não deixa de trair também o espírito espanhol em si.

por exemplo:Vergonzoso. Así de triste y paupérrimo es el adjetivo que define esta ex-cesiva tomadura de pelo del cine francés... Poco tiene que ver esta mezquina demencia de estulticia argumental con las viñetas dibujadas por Giraud...

...Kounen se mueve constantemente en un dudoso virtuosismo visual mezclado con un incoherente éxtasis místico a medio camino entre la pseudofilosofía y la imbecilidad lisérgica. Bajo la apariencia de western atípico y fantástico, pretendidamente onírico, e in-fluenciado por la cultura chamánica, reside uno de los ejerci-cios de prepotencia absurda más escandalosos y degradan-tes que se han visto en la historia del cine.

Desde ese punto de vista es comprensible que con su incompetente propensión al dis-parate, al psicotrópico efecto de un mal chute de droga visual adul-terada, someta al espectador a un tortuoso viaje hacia un aburri-miento soporífero, sin sentido ni explicación que concluye en una ridícula burla hacia la inteligencia del público o a un guiño malicioso a los entorpecidos amigos de la drogadicción chamanista y farlo-pera.

wow.