todo mundo tem sua opinião sobre quais são os grandes livros e nesse aspecto, sua opinião é tão boa quanto a minha. mas um livro que me surpreende de ser tão obscuro é esse The Moviegoer, de walker percy.
comprei em um sebo, anos atrás, como tantos outros, vagamente atraído pelo título. (eu sou um moviegoer e entendo a compulsão). o livro foi publicado em 1960 e, in my humble opinion, segue aonde salinger parou com seu apanhador. o personagem se afundou na vida mais anônima que conseguiu encontrar ( a escolha que não vemos o personagem de salinger fazer) e foge da beleza como do diabo. a beleza como o perigo do abismo. ao mesmo tempo ele tem uma "busca". que já foi vertical (no sentido que podia ser efetuada em qualquer lugar) por uma horizontal, onde a percepção do cenário é tudo. então, antes de entrar em um filme, ele conversa com a bilheteira. ele precisa saber quantos filhos ela tem , quanto ela paga de aluguel...assim ele não corre o risco de sumir durante o filme. ele restringe sua vida sentimental às suas secretárias, que de uma forma são sempre a mesma, ele faz dinheiro, ele é terrivelmente cínico. e terrivelmente honesto por isso mesmo. como todo bom livro, é inexplicável. reli nesses dias e fiquei tentatdo a ler de novo. e no finado still life eu tinha escrito um post mais explicativo que segue abaixo, se sua paciência chegar a tanto.
“When she was sick for the first time”. That’s the sort of passing reference they use when talking about Kate. And you don’t know if should worry more or less because of that. The book has a peculiar way of saying important things with a careless voice. You never see a big speech coming, the sort that make actors inflate their chest and modulate their voices. All is said in a passing manner, as if it doesn’t matter, as if it is circunstancial. I recognize that voice. I have a friend very much like that, who would be tottaly embarassed on making things seem bigger than they are, who has to sound casual about everything.
Talking about Kate’s sickness, it says, for example: “When she was a child and her mother was alive, it used to seem to her that people laughed and talked in an easy and familiar way and stood on solid ground, but now it seemed that they (not just she but everybody) has become aware of the abyss that yawned at their feet even on the most ordinary occasions – especially on the most ordinary ocasions. Thus she would a thousand times rather find herself in the middle of no man’s land than at a family or luncheon club.”
Even that I would say I never felt like it was easy and familiar, I’m very much aware of the abyss. Actually, this little passage explain much of my present isolation. Without a sweat. And so goes the book. Its called The Moviegoer, and that must be one more point of identification for me. We, moviegoers, are one particular tribe, I suppose.
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