ontem fiz uma coisa muito antiga: fui à zona. uno se pergunta porque alguém ainda paga por sexo em um tempo onde ele é tão fácil, mas eu fui pela aura obscura do lugar. não pretendia sair de lá com nenhuma daquelas criaturas. só queria beber naquela luz difusa, ver, ver, ver e no máximo experimentar por uns momentos essa realidade alternativa onde mulheres maravilhosas se jogam em cima de você, em vez do inverso. fui com um amigo, ambos profundamente alterados por substâncias várias. e, suspeito, pela lua cheia, que além de tudo tinha um halo impressionante, um buraco negro gigantesco que a emoldurava.
(isso, vai à zona e pôe a culpa na lua, imagino vocês pensando. nevermind.)
fazia muito tempo que não ia e obviamente tudo tinha mudado tão pouco desde quando o início dos tempos. as mulheres dançando no palquinho continuo achando tristíssimo. é a coisa menos sexy do mundo. de alguma maneira, todo o sex appeal foi retirado daqueles corpos. aliás, pode ser meu masoquismo, mas a mais sexy de todas era uma completamente vestida, de gola rolê inclusive, que circulava entre as mesas vendendo mais o sorriso do que o resto. fiquei um tanto obsecado e se fosse para ter uma sentada do meu lado, eu queria que fosse aquela, em vez de uma das loiras perversas. mas só eu, só eu ia encontrar e me encantar por uma puta difícil. sim, ela fazia mais jogo duro do que qualquer não-profissional. era a própria musa francesa, fria e distante, menos quando agraciava algum mortal com um sorriso iluminado.
não ganhei nem o sorriso, se vocês querem saber. esse sou eu. consigo ser desprezado até pelas putas. sensacional.
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