nota rápida: a cara feia de beckett nos mira do topo do site do ubu. para alguns de nós, essas caras feias (burroughs, beckett, joyce) são como as de nossos avós. tenho uma foto de buñuel em minha mesa de trabalho, como de um avô espanhol distante.
a tese que eu desenvolveria aqui se fazer teses fosse meu caso era de que nosso amor pela arte hoje em dia é isso mesmo: amor. o que nos prende a toda essa tralha dos anos 20 ou 30 é um carinho por essas figuras que orientaram nossa adolescência. já falei e falo em cada festa em que estou bêbado e alguém me dá atenção que acho que a arte acabou. às vezes mudo de idéia, mas na maior parte dos dias penso assim. o que não acaba é nosso carinho por esses mentores distantes, cujas frases repetíamos quando ainda não sabíamos o que dizer.
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2 comentários:
saber fazer essa cara feia é o que mais me aproxima de acreditar que há em mim alguma genialidade
francieli spohr, 1979 - até qdo o mundo deixar ;)
você, que quase não se deixa fotografar.
a posteridade vai ter que inventar uma cara pra você.
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