vampiros e canções ao entardecer
duas coisas da cultura, vindas do fim de semana - duas defesas, actually.
primeira - burt bacharach não é ray coniff. ray coniff é um velhinho entusiasmado, que faz um pastiche inofensivo que passa por música. burt bacharach é um compositor maravilhoso e grande arranjador. parece difícil de levar a sério, mas é. confesso que precisei que alguém me mostrasse isso. elvis costello fez um disco com ele. um disco por demais lindo. chama-se painted from memory. e agora comprei um vinil antigo de burt e é um primor. as canções, as peças orquestrais, os badabadaba...
a segunda é que estou de novo imerso na saga dos vampiros, de anne rice. relendo, ou trelendo, sei lá. descobri de novo que acabando um volume, você precisa imediatamente correr para o próximo, mas é mais do que isso. a maneira como cada um dos vampiros em particular enfrenta a imortalidade é um reflexo de como cada um de nós encara a vida. com volúpia ou distanciamento, aprendendo ou não aprendendo...não estou aqui pra dizer que é literatura. mas como tantas coisas do mundo pop, há mais do que essa superfície polida maravilhosa sobre a qual deslizamos. qualquer um de nós que andamos pelo mundo walking wounded, como dizia EBTG, que nos afastamos um pouco para olhar o mundo, encontramos algo nesses imortais que nos toca. esses seres removidos da existência e que por isso mesmo ficam tão mais conscientes dela.
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