a questão do celular nos relacionamentos: william gibson, que foi ao futuro e voltou, reportou de lá que as mensagens por celular se tornariam parte fundamental de como as pessoas se relacionam. isso foi há uns 8 anos atrás. a porta para o futuro dele foi uma ida a toquio, que está digamos uns 10 anos na nossa frente. e você vê isso acontecendo hoje por aqui.
pessoalmente, eu acho uma revolução maravilhosa. você pode escrever uma mensagem de um café. aliás, você pode escrever de pé, na rua. esse aparelhinho tão próximo do seu corpo vai mandar esse bilhete praticamente em tempo real. e as mensagens... eu busco a mensagem perfeita, feita com palavras curtas, que caibam exatamente na tela do celular, quase um haikai. eu acho que é uma forma elegante e íntima de comunicação. e em minha caixa de mensagens eu vejo documentada a ascensão e queda de um relacionamento, com mensagens progredindo de leves e irônicas para densas e aflitas até chegarem a ser breves e um tanto dramáticas. (você vê aí meu gosto para o drama, claro.)
eu achei que tínhamos chegado a um ponto crítico quando vi que a primeira mensagem dela, uma coisa flertativa sobre ter roubado meu isqueiro, se unia na memória com a última, aflita e definitiva. até que a mensagem de uma outra bella caiu exatamente entre as duas. e eu não sei mais o que isso significa. se a vida segue ou se estou prestando atenção demais a detalhes insignificantes.
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