terça-feira, julho 17, 2007
A cena do dia: enquanto eu e Jana andamos pelo centro, paraíso perdido e horror muito encontrado que ela adora e eu suporto estoicamente, vejo o jovem funcionário público. Um grupo de sub-burocratas se encaminha para o almoço, naquela solidariedade masculina abastardada - o humor sexual da empresa, as piadas sobre a funcionária nova, as tentativas de fazer as horas cruéis se arrastarem menos - uns dois passos atrás do grupo caminha o jovem funcionário público, já vestindo as roupas do seu grupo, mas com uma tristeza do tamanho do seu futuro interminável. a franja de frequentador de shows de rock, aquela face pálida de quem nunca vai à praia e uma expressão desolada sem fim de quem vendeu seu tempo e sabe quanto custou.
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