segunda-feira, abril 30, 2007

Sempre desprezei Garfield como uma tira banal, desenhada tão friamente e com uma linha tão morta que qualquer desenhista contratado poderia executá-la. (Como de fato acontece: Jim Davis não desenha a tira.) Ao contrário da alma de Peanuts ou da inventividade de Calvin (e de suas existências gráficas, pessoais, intransferíveis), Garfield é um produto. Inimaginativo, insípido e reconfortante, bom para quem gosta de ter a mesma experiência de novo e de novo e de novo. Como pão de forma ou comida de microondas.
Agora um artigo na slate conta em detalhes porquê..
Davis makes no attempt to conceal the crass commercial motivations behind his creation of Garfield. Davis has the soul of an adman—his first job after dropping out of Ball State, where he majored in business and art, was in advertising—and he carefully studied the marketplace when developing Garfield. The genesis of the strip was "a conscious effort to come up with a good, marketable character.
In his 1982 interview with Shapiro, Davis admitted to spending only 13 or 14 hours a week writing and drawing the strip, compared to 60 hours a week doing promotion and licensing.

3 comentários:

Eduardo Nasi disse...

Dá pra ver de cara. Pra cair no chavão, que neste caso não é chavão, Garfield era bom no começo, quando era um gato realmente obeso (e esteticamente obeso), quando de fato parecia capaz de odiar alguma coisa.

Tou lendo, enfim, o Complete Calvin & Hobbes, depois de uma temporada de Liniers. E isso faz o sujeito ficar mais exigente.

Odyr disse...

Oh yeah. Você está no céu.

samanta disse...

eu gostava do garfield uns 10 anos atrás. ele era adoravelmente horrível, hehe. :)
acabei detestando de vez depois do filme...