quinta-feira, maio 29, 2003
Yet another girl´s journal make the cut to the Blogger´s Top List. With some pictures, of course.How come all blogger girls are so cute? Somethings strange in that. They´re all so sharp and sensitive and special and overachievers and lived in so many places... call me suspicious, but somethings strikes me as odd in this deal. Maybe its a conspiracy. Some twisted mind created this image, of the perfect girlfriend and manufactures these fake diaries. Now, hey, that´s a project.
quarta-feira, maio 28, 2003
Nessa situação rara que é ser um adulto de volta à casa dos pais. Que se comportam como santos e no entanto. Ontem o frio desafiava o bom senso do peregrino em percorrer as ruas, mas me vi lo mismo andando pelas calles pelotenses. Ao fim me sentei em um bar repleto de estudantes e entusiasmos, que tomavam cerveja como se fosse verão em Copacabana. Eu tomei vinho e fumei até me sentir humano de novo e aquecido e voltar à casa.
Agora mesmo se aproximam as seis horas e as mãos já se põem duras demais para digitar. Coisas de viver nesse lugar.
Agora mesmo se aproximam as seis horas e as mãos já se põem duras demais para digitar. Coisas de viver nesse lugar.
terça-feira, maio 27, 2003
A ausência aumenta, amplia, estiliza. Quando ainda estava expatriado de Pelotas fiz uma estória em quadrinhos sobre o legendário Grande Hotel, templo de fantasmas e ambições literárias. Tinha algo como um slogan ou subtítulo: cada um tem a Paris que merece.
Me vêm isso à cabeça agora, lendo o relato de um encontro de amigos na verdadeira Europa, a que fica do lado de lá do oceano. Amigos em Barcelona encontram a amiga que estava em Londres. Bebem juntos e eu aqui. Como comentava com Loulou, a cigana espanhola, me sinto como Traveler, o personagem de Rayuela que achava seu nome uma piada cruel, porque nunca tinha saído dos pagos. Não que não ame minha Europa particular aqui, essa cidade que nasceu da carne seca e se reinventou como uma pequena Paris. Mas Loulou mesma me dizia que Paris... well...
Me vêm isso à cabeça agora, lendo o relato de um encontro de amigos na verdadeira Europa, a que fica do lado de lá do oceano. Amigos em Barcelona encontram a amiga que estava em Londres. Bebem juntos e eu aqui. Como comentava com Loulou, a cigana espanhola, me sinto como Traveler, o personagem de Rayuela que achava seu nome uma piada cruel, porque nunca tinha saído dos pagos. Não que não ame minha Europa particular aqui, essa cidade que nasceu da carne seca e se reinventou como uma pequena Paris. Mas Loulou mesma me dizia que Paris... well...
sexta-feira, maio 16, 2003
satolep revisitada
de volta à cidade da névoa, dos doces sutis, dos nobres decadentes e de uma forma de bichogrilismo resistente ao tempo, que ronda pelas esquinas. quando você menos espera, algum amigo de dez anos atrás dobra a esquina e reaparece com a mesma cara (e roupa) de dez anos atrás. o que pode ser confortante e preocupante ao mesmo tempo.
mas os silêncios são outros, o céu é mais largo, os mates duram mais. os livros se deixam ler de outra forma, o branco da página não parece o mesmo, há como que uma função sharpen no mundo. você está em outro lugar, isso é claro. se come muita carne, o pão é inacreditável, se sai muito tarde e as ruas te confortam um tanto quando você volta para casa. não é pouco.
de volta à cidade da névoa, dos doces sutis, dos nobres decadentes e de uma forma de bichogrilismo resistente ao tempo, que ronda pelas esquinas. quando você menos espera, algum amigo de dez anos atrás dobra a esquina e reaparece com a mesma cara (e roupa) de dez anos atrás. o que pode ser confortante e preocupante ao mesmo tempo.
mas os silêncios são outros, o céu é mais largo, os mates duram mais. os livros se deixam ler de outra forma, o branco da página não parece o mesmo, há como que uma função sharpen no mundo. você está em outro lugar, isso é claro. se come muita carne, o pão é inacreditável, se sai muito tarde e as ruas te confortam um tanto quando você volta para casa. não é pouco.
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