sábado, maio 26, 2007


o mar, essa semana, copacabaaaaana... então, eu desenho um álbum chamado copacabana e vivo em copacabana. como é viver aqui?

é barulhento. é conflituoso. está tudo em estado latente ao seu redor: as tensões sociais, o turismo sexual, o barulho do tráfego, as âmbulâncias, a sirene da polícia, os moleques de rua, driblando o tráfico com a ginga que se atribui a eles, os mortos vivos jogados em esquinas dormindo em suas camas de papelão, os velhos incrivelmente velhos que teimosamente levam 10 minutos para cruzar uma quadra, os estrangeiros, tão feios, tão dedicados em seu turismo, as putas tão dedicadas também, a polícia, tão querendo te pegar e teu dinheiro... tem a trinity, que agora, veja você, trabalha em uma lavanderia, uns 10 anos mais velha, tatuada e aparentemente bem casada, com uma filha (lava todas nossas roupas), tem giorgio, que agora mora uma quadra atrás de nós, veja você, bitisa. tem um restaurante 24 horas a uma quadra de casa. e tem o mar, você sabe. hoje, sábado frio em que você pode ter aquele raro conforto que é sentir roupas pesando sobre seu corpo (tomamos vinho, nos comportamos estritamente como se fosse inverno - nossa chance) vi o mar pela janela e pensei - vou ali, fazer gênero fumando em frente ao mar, por 10 minutos. é ridiculamente lindo, você sabe. a água que resta da onda que passou cria um dourado inacreditável na areia, aquele espelho entre a espuma e a areia. carlos drummond de andrade estava lá, sentado em sua prisão estatuária, de costas para o mar. sendo assediado, mais do que em vida, por turistas que o fotografam incansavelmente. pobre drummond. é estranhamente perturbador se sentar ao lado dessa réplica egípcia do poeta em vida, preso infinitamente.

resumindo, ainda não sei nada sobre copacabana. sou, de novo, sempre, um estrangeiro. cheguei aqui, agora. que lugar é esse?
Foto by Jana

segunda-feira, maio 21, 2007

estamos instalados em copacabana. nenhuma observação sociológica fascinante até o momento, mas estamos eu e jana a 10 minutos a pé de nossos respectivos trabalhos. e a uma quadra da praia. e, a boa notícia para os amigos é que, embora não tenhamos chegado ainda ao nível quarto-de-hóspedes, o apartamento tem uns 4 sofás-cama.
então, cartão de crédito na mão, começem a parcelar suas passagens!

sexta-feira, maio 18, 2007

rápidas:

lendo Garbo, a biografia. incrível como ela (como tantas estrelas) foi completamente inventada. assistimos com fascinação, é praticamente o nascimento do herói, o spiderman que pôe a roupa pela primeira vez.

geralmente não falo muito do day job, mas não é como se lavasse carros. coisas interessantes acontecem. estamos fazendo um grande livro fotográfico do rio de janeiro. moderno, plural, não-postal. grande expectativa.

mudança nesse final de semana. oh, meus sapatos em copacabana. com suas sirenes, ambulâncias, cartazes, mendigos, putas, velhinhos, velhinhos muito velhinhos, velhinhos que você não sabe como ficam de pé. e pessoas de sunga, brilhando de bronzeador.
"o mundo não gosta do que você gosta". é angie dizendo de novo (e de novo e de novo) a coisa mais simples, com essa voz tão clara. e no entanto. que mistério é esse? que dedo é esse, que ao nos apontar o passarinho, o céu, o dvd ou o elevador nos mostra de novo o encanto primeiro dessas coisas?

bueno, se eu soubesse, seria ela.

quinta-feira, maio 17, 2007

heitor vive, oui. No flickr.

quarta-feira, maio 16, 2007

jana conta, melhor que eu, uma mudança em nossa vida. logo ali.
ok, foi divertida essa orgia sentimental e ganheis vários euteamo de graça. muito bom. vergonhosamente esqueci dois amigos por demais queridos, (eu culpo o álcool) jorge e marcos. dois que estão no top five. e de repente me dou conta que meus amigos do top five não cabem no top five. o que quer dizer que posso ter um top ten de amigos. hey, a vida não é de todo má.

domingo, maio 13, 2007

ãhnn, ainda bêbado, decididamente tratando o blog como o orkut ou esse blog tem tãos poucos leitores que posso escrever exclusivamente para cada um deles ( a ordem é completamente aleatória). me poupa 20 emails bêbados. se esqueci algum, me escreva e faço uma retratação.

fê:
bom que você vem.

júlio: se você não fosse esse macho broncozóico que é, eu diria bêbado que te amo. mas vou te poupar desse constrangimento.

dani e imperador: ainda lamentando minha falta em vê-los. yeah, amo vcs também.

bitisa: you know. chega de declarações etílicas. top of the top five.

melissa: london fields forever. ando ouvindo tantos beatles, you know? agora que você está rica, come on, apareça.

phraan: quando é que você vai, digamos, fazer alguma coisa? você já percebeu que trabalho em uma editora?

dudu: você não estava encarregado disso?

sam: você já está fazendo, não é? keep going. you're good..

jana: não se confunda com todas essas declarações. você é que eu amo mesmo.
ainda bêbado no domingo, mandando mensagens para os amigos como se o blog fosse o orkut:

angie, você leu a última piauí? tem uma poeta ali, que eu estupidamente não conhecia, ela me parece compartilhar aquela missão sua. mostrar que a poesia, etc. to tell you the truth, fucking amazing.
estamos lançando um livro do reinaldo (mais conhecido como aquele cara do casseta e planeta que faz o devagar franco - propaganda subliminar) e ele tem um cartum sensacional: sob o título E o Homem Continua se Perguntando, um homenzinho está ao lado de um monte gigantesco de merda e umas manchas brancas suspeitas, ele se pergunta - "Que merda é essa? Que porra é essa?"

são coisas que o ser humano se pergunta. num domingo elas parecem maiores e mais longas, como o monte de merda do cartum.

(nota para mim mesmo: não postar bêbado no dolmingo.)

quarta-feira, maio 09, 2007

angie tem uma missão, caso ela decida aceitá-la: lembrar as pessoas de que poesia não precisa ser ridícula, chata nem rimar amor com dor. parece quase impossível mesmo para tom cruise, mas ela tem feito um belo trabalho. estamos fazendo um mix cocktail de quadrinhos e poemas e esse é um deles, que nem angie ainda viu. então, voilà.

quarta-feira, maio 02, 2007

Cuidado com o que você deseja, não é? E se conseguíssemos esse respeito há tanto tempo almejado e os quadrinhos realmente chegassem? E se os quadrinhos chegassem às escolas?