quinta-feira, abril 11, 2002



O fim do mundo
Acordar com uma sensação apocalíptica que custa a se desfazer. Por algum motivo qualquer, um filme que narra o último dia na terra vem à minha mente ainda na cama. O que você faria, como pergunta o infame Paulinho Moska, se esse fosse enfim o último dia?
No filme em questão (esqueci o nome - O último dia?) a população sabe a data exata do fim e reage de maneiras diferentes. Há famílias fingindo que é natal, casais tentando achar um conforto final no sexo, alguma convulsão social pelas ruas... gosto de um personagem que tem grandes dilemas escolhendo a música que vai tocar no momento exato. Ele escolhe um Bethoveen, se não me engano.
E quando saí para a rua, atrasado e sonolento, o dia tinha uma dessas iluminações ambíguas, quando o céu branco é atravessado tanto por nunvens cinzentas quanto por raios de sol saídos do nada. Na parada, um ônibus abre suas portas exatamente à minha frente, mostrando um interior desolado e vazio. Embora minha mente saiba que não é o fim, a impressão não se dissipa. São 10:30 e ainda sinto como se o mundo fosse acabar.


(A foto de fim de mundo veio do www.in-public.com e é de Trent Parke)

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