domingo, abril 21, 2002
é domingo, mas serei breve
É domingo, e sempre se está um nível acima. Ou abaixo. Pra mim é sempre assim. Ou estou na lama, vendo seis horas de televisão até a total numbness ou estou naquele mundo rarefeito das idéias, abraçado com um livro, ouvindo uma ninfa cantar, como agora Anne Sofie Von Otter, com essa voz que não é da terra. Hoje é um desses dias rarefeitos, thank god, o ar frio entrando pela janela, o mate ao lado, vários livros velhos novos me cercando, pousados no braço do sofá. Eles me dão conforto só com a presença deles. Às vezes são semanas até que eu abra algum e um visitante ocasional poderia pensar que é alguma forma de esnobismo cultural, mas é conforto puro. É a idéia dos livros, o amor aos objetos que eles são, que Caetano cantava.
E esse post nasceu de uma carta para José Flores, que fez sentido pra mim alguns instantes depois de ter sumido da minha tela, então fico com a impressão de que havia algo significativo que esqueci de reescrever, mas agora está borrado como nos sonhos. Que seja. É domingo, after all.
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