quarta-feira, outubro 10, 2007

eu bebo uma coca-cola.

estupidamente gelada, na padaria. eu chego ao trabalho, largo minhas coisas e saio para uma coca, é um dia de verão na primavera do rio. e essa coca-cola estupidamente gelada me traz de volta a sensação exata infanto-juvenil, quando tomar uma coca assim era possivelmente o máximo em sensações intensas. na praia, andar pelo balneário, sob o sol insano do verão do sul, em busca de um quiosque onde tomar uma coca-cola gelada a ponto de doer a garganta. aquele ahhh.

na minha frente, estacionado em frente à padaria,um caminhão de coca-cola. clássico, absoluto, nada de papai noel ou slogan ou campanha. só a imensidão daquela superfície vermelha com o logo em tamanho maior que a vida. alguma coisa de emocionante ali. ele parece uma lona de circo, um trailer de artistas de vaudeville, uma simulação de hollywood. tomo minha coca-cola e olho para aquela obra de pop art por uns dois minutos.

3 comentários:

Angélica Freitas disse...

é importante tomar uma coca.

Odyr disse...

qualquer coisa pode ser, não?

Radeir disse...

Ai...credo...salva-me !
viro náugrago no gás,sem pé
quebra a garrafa da praga
desse ácido borbulhante
marrom mar paralisante
- mar sem om om...om...sem ondas
barato enganoso veneno
- a praga viciante
das melhores gerações
rendidas,achatadas,
estonteantes , vazias
pela besta engradada ,
empilhada nos caminhões
do mundo inteiro...sedento,
comprando em toda esquina
seu bilhete da morte

Ai...de garrafa em garrafa,não!
- dá logo uma metratalhada
taca fogo no meu rabo
me livra desse horror
do estúpido consumismo
do cancerígeno crime
engarrafado e louvado.