Piada do dia: fui ver um filme japonês violento e comento com um amigo.
Meu amigo: - Mas a violência é gratuita?
Eu - Não, a entrada custa 16 reais.
Pano rápido.
Chama-se Consumido Pelo Ódio e boy, pôe consumido e pôe ódio nisso. É Takeshi Kitano, meu ator cult japonês, o que me faz ir sem nem ler a resenha. Kitano, ou Beat Takeshi, como o conhecem no Japão é ator, diretor, roteirista, pintor, humorista, tem um programa na tv japonesa... o homem é renascentista. Seus filmes tem uma mistura de violência seca e não coreografada com um humor inesperado e um lirismo sobre tudo. Sonatine, Hana-bi, Brother, Zatoichi... todos grandes filmes. Nesse ele está só como ator e ele é mau. Maaaaaau. Uma força da natureza, como diz a resenha que li depois. Um pai abusivo. Aliás pai, esposo, vizinho, chefe... abusivo com qualquer ser humano que cruze seu caminho. Duro assimilar esse papel com um ator pelo qual você tem grande carinho. Kitano teve um derrame há muitos anos atrás, então ele é literalmente um ator de um rosto só. Nada se move naquela máscara kabuki. Mas o corpo.. ele anda como um urso nesse filme. Violento, imprevisível, seco, quase completamente sem sentimentos.
Enfim. Vou tentar esquecer que vi. E não recomendo. Particularmente se você quer manter a imagem que já tem do Yakuza com um senso de humor.
(Claro, se eu fosse uma pessoa séria, escreveria uma pequena tese sobre como a violência gratuita e gráfica é entretenimento e a violência contextualizada não e blah blah blah. A sorte de vocês é que não sou sério.)
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