do décimo quarto andar os carros são como playmobills em um autorama, mas em um momento que me debruço na janela, um carro pára e uma garota em nada parecida com um playmobill senta triunfantemente no capô do carro, uma starlet-por-um-minuto. abre os braços como agradecendo os fotógrafos que a rodeiam e se cannes fosse ali. em uma compensação possível, uma amiga desce correndo do carro e a fotografa em seu momento de glória sob o céu do rio. os carros de trás parecem ser dirigidos por homens, que não se importam assim terrivelmente de serem parados em um domingo por uma garota com um top mínimo e muito entusiasmo. ela volta ao carro, não sem dar um ciao de agradecimento aos fãs e sumir no trânsito.
um desses momentos supremamente silly e sweet ao mesmo tempo. você não pode deixar de apreciar e olhar com carinho uma humanidade que é tão vã em sua mortalidade. como borboletas que batem asas com tanta tranquilidade em um espaço de vida tão curto. e não é fato que ao inventar a máquina xeróx, um prodígio de possibilidades de democratização da comunicação, a primeira idéia que nos ocorreu foi: - hey, vamos sentar aqui e xerocar nossa bunda?
we are silly, its a fact. and its ok.
and we´re all stars now, baby, parecia que ela estava dizendo.
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