segunda-feira, janeiro 30, 2006

link, link, links. é um mundo maravilhoso. lendo o sempre interessante blog de erico, um comentário de aninha me fez ir atrás e descobrir qual seria esse novo filme do grande michel gondry. que será sobre um livro de rudy recker, que ganhou minha admiração instantânea. uma dessas mentes poderosas e livres que encantam. um escritor que queria ser filósofo, virou matemático, cientista, escritor e porque não, filósofo. os livros parecem maravilhosos e entraram na minha lista de um-dia-encontrar. você pode ler trechos online ou acompanhar seu blog, que me pareceu uma forma diária de provocação intelectual. com delícia. e se uma cachoeira fosse um processador natural, cheia de RAM e precisando só de um operador? a
maneira como esses conceitos maravilhosos estão espalhados ao longo das experiências cotidianas dele é uma coisa linda. esquiando, andando pela cidade ou tomando café, ele está pensando, conectando, provocando, perturbando. jogando pedrinhas no lago no nosso cérebro. very good. que acorde o monstro do lago.

edit: afinal, o que é ciência, uh? quando eu era jovem, jamais pensei que fosse me interessar por ciência. ciência era o inimigo, a matemática, a física, as exatas. hoje vejo que eu simplesmente tinha professores ruins. que a ciência pode ser e é imaginativa, criativa, filosófica, especulativa... e que de exato tem muito pouco. embora o trabalho formiga de operadores que testam hipóteses, fazem e refazem experimentos, comparam resultados ainda exista, claro, o que me encanta é o trabalho dos visionários, provocadores, as cigarras da ciência. o pouco, pouquíssimo que consigo alcançar me tira o sono, me enche de idéias, aumenta meu encanto com o mundo. afinal, foi quase ontem que entendi a entropia e agora forço meus neurônios a tentar entender a quarta dimensão. culpa de um visionário dos anos 40, robert heinlein, que tem um conto sobre um arquiteto que faz uma casa como um tesseract. enfim. me aguente, cérebro meu.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

so, seriously, what I have I done with my free time? not much, I´ve gotta say.

a experiência já devia ter me ensinado, mas esses grande blocos de tempo subitamente disponiveis não são o melhor momento para deslanchar seu trabalho. acostumado a vender seu tempo por dinheiro há tantos anos, você se sente desorientado e desmotivado. basicamente eu li muitíssimo, tomei muitos banhos de banheira e vi uma quantidade obscena de filmes ruins.

ruim, claro, é incrivelmente relativo. os que achei bons podem parecer lixo cultural para outros. por exemplo b13 ou distrito13, o tipo de coisa que deve passar despercebido na locadora para o apreciador de filmes cabeça. a premissa: no futuro próximo, a situação nos subúrbios franceses é tão ruim que a frança cria um muro para separá-los da paris dos turistas. o filme tem num canto a discreta assinatura de luc besson como produtor, o que foi mais que suficiente pra mim. e que alegrias, folks. david belle estréia aqui e as coisas que ele faz.... ele vem a ser o criador do parkour, uma arte/esporte que é uma forma radical de uso do espaço, de deslocamento e de alegria para os olhos. algo como o que o demolidor fazia nos quadrinhos. meus olhos infantis riam sozinhos vendo david pulando, correndo e fazendo coisas maravilhosamente impossíveis.

na mesma categoria, vi ong bak, outra estréia, dessa vez do tailandês tony jaa, mais um aspirante ao cargo de bruce lee. apesar da feiúra inerente do muay thai, tony faz coisas muito ricas no espaço. e não embaraça nunca como ator. e o filme tem uma graça, uma autencidade local muito gratificante. tanto que escolhi tirar as legendas e ver o filme todo em tailandês. e entendi tudo. :)

como você vê, consumo cultural incrivelmente elevado. as usual.

ferias1


ferias1
Originally uploaded by Odyr.
sim, de volta. e seguindo o link o postal, voces podem saber tudo sobres minhas trepidantes ferias.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

sim, férias, people. continuam. e sem internet. hoje foi o primeiro dia em uma semana que entrei online, oh matrix, trinity dizendo: I´m in. and out. que fiz na primeira semana? vi uma quantidade obscena de filmes, bebi um tanto, comi um tanto, ...ahhn, sim, um tanto também. ah, sim, comprei livros. dois do philip k. dick, finalmente. e mais uns 4 ou 5. estamos dando conta deles. mas a partir de hoje, o plano é trabalhar. veremos. ok. operador, me tire daqui agora. out of the matrix again. zzzzzzp.