como ando com pouco assunto, tem sido interessante usar os posts para comentar os comments. respondendo a augusto, minha defesa do amado não era exatemente uma ode a ele como escritor, mas uma resposta à, digamos, leviandade de fran e w,, chamando um escritor incrivelmente prolífico de preguiçoso. pra mim faz parte de um preconceito cultural muito comum contra o norte do país em geral, muito encontrado em são paulo e aqui no sul.
sobre o jorge amado: na minha fase adolescente onívoro, li tudo dele. não exatamente por devoção, mas porque meu pai gostava muito de "obras completas". ele comprava, eu lia. assim li as obras completas do garcia marquez, da agatha christie e do jorge amado, entre outros, sem fazer juízos de valor na época. se tivesse letrinhas, tava bom pra mim. lembro de ler sidney sheldon e sartre, truman capote e emilio salgari... foi uma formação pra lá de eclética.
obviamente eu não prestava muita atenção em estilo na época. e lembro bem sim, de me entusiasmar com as putarias do jorge amado, assim como henry miller, que, nessas primeiras leituras era uma espécie de forum da ele&ela pra mim.
eu teria que reler o tio jorge pra ver o que acho hoje, mas na minha lembrança ele era um escritor mais colorido e mais saboroso que nosso érico, que sempre achei meio insosso. sem sal, frio, acadêmico. jorge tinha as cores da bahia, os temperos, as malícias, o falar do povo. não é guimarães rosa, mas acho que ainda hoje gostaria. a ver.
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