sexta-feira, dezembro 30, 2005

postal


postal
Originally uploaded by Odyr.
fui. o que chamam de ferias. viajar dentro de casa, ainda meu destino favorito. enfim. diz que fui por ai. beijo.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

meu pequeno deslocamento geográfico foi muito bem sucedido. escapei quase ileso do papai noel. temperei e assei o peru eu mesmo. peguei sol. comi pastel de camarão na avenida do cassino. comi um pudim de sorvete que era uma coisa de outro mundo. e ontem vi bad santa, filme absolutamente hilário, com um billy bob thorton como o papai noel mais sujo, perverso e bêbado que se possa imaginar. a cena inicial, de papai noel vomitando num beco escuro é o cartão postal que mandaria para os amigos. :)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

no inferno é natal todos os dias. é um fato. todas as músicas são natalinas, você está eternamente preso no centro da cidade comprando presentes, a televisão só passa mensagens natalinas e especiais do roberto carlos e você nunca chega a comer o peru. o inferno dá reset antes disso. ah, e pra beber, só cidra de maçã. quente.

já eu vou fugir. eu costumava simplesmente me esconder em casa e fingir que não era comigo, mas edições anteriores do suplício me mostraram que é impossível não ouvir seus vizinhos, as músicas depressivas, a falsa alegria... então vou para uma locação não-divulgada, próxima da natureza, onde papai noel não deve chegar. espero.

sorte pra todos.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

misery loves company

momus descreve seu processo de criação e boy, does it sounds familiar.

"Some days I think what I've done so far is utterly wonderful, other days I think it's rubbish. The usual pattern is for me to be completely in love with a track when I've just finished it, then, next day, to hang it beside something off David Sylvian's "Blemish" or Sufjan Stevens' "Illinois", and think how utterly crappy, trite, small and weak my work sounds. So I work on it some more, taking it somewhere more interesting, more strange, more otherworldly. Then I start a new song, determined to make the most wonderful piece of music ever, and the cycle starts all over again. Joy and despair in an endless loop."

segunda-feira, dezembro 19, 2005

manontrain


manontrain
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halliday e rochefort,o ladrão e o poeta, no filme de leconte.
johnny halliday, velho roqueiro francês, ator por esses dias, é o ladrão com olhos de serpente que chega em uma minúscula cidade para roubar o banco. ele conhece o adorável jean rochefort, (de o marido da cabelereira), que vive uma vida pacata de professor de poeia aposentado. o encontro deles é todo feito de silêncios, gentilezas e afinidades inesperadas. man on train é um filme pequeno e enorme, imensamente charmoso, que pode aquecer um domingo. muy rico.
estamos criando um grupo de desenhistas, para amenizar o aspecto "atividade solitária" da coisa. a primeira reunião foi, digamos, uma reunião dançante, promovida por samantha. foi divertido e desenhei muito. pedacinhos aqui.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

eu tenho só uma palavra para vocês hoje:

RESSACA.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

makeover1


makeover1
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restaurando uma foto de familia. mas o incrivel e como me sinto golpista. como o acaso cria coisas lindas nessas fotos. e me da um pesar de apagar essas coisas. aqui uns zoom nuns pedacinhos.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

meu novo clip favorito de meu novo artista favorito foi filmado em vídeo, em pleno trailer park, ao custo de provavelmente zero libras. darren hayman já nasceu clássico para mim. com sua cara de cachorro de rua, seu miniviolão, a voz no limite de estar desafinada e as letras geniais, he´s the man. my favorite loser. e você pode ver sua cara feia e ouvi-lo.

caravan´s song. the definite trailer park song. vídeo em mpg. coisa de 20MEG. "Trevor drinks when he cans/ in the wednesdays with his mom / free nights of bingo/ and she says: son you´ve should be getting laid instead of playing bingo with me."

crissy m. faz o vídeo anterior parecer uma superprodução. darren e seu cachorro, cantando sobre uma porn star. "a sticky tummy doesn´t seem so funny/.."

quinta-feira, dezembro 08, 2005

como ando com pouco assunto, tem sido interessante usar os posts para comentar os comments. respondendo a augusto, minha defesa do amado não era exatemente uma ode a ele como escritor, mas uma resposta à, digamos, leviandade de fran e w,, chamando um escritor incrivelmente prolífico de preguiçoso. pra mim faz parte de um preconceito cultural muito comum contra o norte do país em geral, muito encontrado em são paulo e aqui no sul.

sobre o jorge amado: na minha fase adolescente onívoro, li tudo dele. não exatamente por devoção, mas porque meu pai gostava muito de "obras completas". ele comprava, eu lia. assim li as obras completas do garcia marquez, da agatha christie e do jorge amado, entre outros, sem fazer juízos de valor na época. se tivesse letrinhas, tava bom pra mim. lembro de ler sidney sheldon e sartre, truman capote e emilio salgari... foi uma formação pra lá de eclética.

obviamente eu não prestava muita atenção em estilo na época. e lembro bem sim, de me entusiasmar com as putarias do jorge amado, assim como henry miller, que, nessas primeiras leituras era uma espécie de forum da ele&ela pra mim.

eu teria que reler o tio jorge pra ver o que acho hoje, mas na minha lembrança ele era um escritor mais colorido e mais saboroso que nosso érico, que sempre achei meio insosso. sem sal, frio, acadêmico. jorge tinha as cores da bahia, os temperos, as malícias, o falar do povo. não é guimarães rosa, mas acho que ainda hoje gostaria. a ver.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

dia meio cheio aqui, então tenho que ser rápido, mas fran e wilbur: francamente. já pra sala da diretora!

chamar jorge amado de preguiçoso é recorrer ao clichê do baiano de forma completamente...preguiçosa. embora hoje em dia eu não tenha um amor muito grande pela obra do tio jorge, o homem publicou quase quarenta romances. e que não foram cuspidos na máquina. há um motif, uma linguagem e um retrato muito rico do brasil ou pelo menos de uma parte dele. e o que ele advoga é exatamente o contrário da preguiça, ou seja: que fulano não sente sobre os louros de um livro escrito, mas que se prove escritor. trabalhando. muito. como é que isso pode ser preguiçoso e irresponsável?

terça-feira, dezembro 06, 2005

quando surgiu há algum tempo no brasil a idéia de regulamentar a profissão de escritor, jorge amado, um dos nossos escritores mais prolíficos, foi contra: ninguém é escritor todo o tempo. só é escritor quando escreve.

é uma visão incrivelmente severa e, com minha vocação ao chicote nas costas, concordo. então por esses dias não tenho sido um quadrinista. mas coisas estão cozinhando no fogo lento e escondido. há uma vontade. e como diz o psicopata de sexy beast, where there´s a will, there´s a way.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

não é exatamente o link mais trepidante, mas se o leitor incansável quiser gastar 15 segundos olhando para uma imagem interessante, a grande alex de campi está escrevendo uma série que vai sair pelos humanóides associados, com um artista muito talentoso que está colocando todo tipo de citação visual no trabalho. ali pelo segundo post do blog dela você vai ver um esboço absurdo de Luigi di Giammarino que é um mix de referências visuais absurdas. wilbur deve apreciar a cena de multidão e talvez augusto e dani se divirtam vendo dali entre outros ali. num primeiro olhar vi magritte, vermeer, renoir e talvez um bosch. uma espécie de onde está wally mais fino.

e sobre a magreza de posts no blog, vocês adivinharam: a vida se pôs interessante de novo.