sexta-feira, dezembro 03, 2004

alguém escreveu ( e eu mataria por essa descrição) que o trabalho eletrônico do Everything but The Girl era música "para dançar com lágrimas nos olhos". Ahh. Enfim. mas a questão aqui é: o pop pode ser incrivelmente sofisticado. corrigi essa semana um erro histórico de minha parte quando, num sebo comprei um vinil dos pet shop boys, por conta de uma música que me agradava. o álbum é o behaviour, aquele com as quatro fotos pequeninhas na capa. a música estava lá, mas dio, muito mais também. é como se fosse um mcdonald´s feito por um chef francês. de longe você vê aquele produto pop perfeito, mas de perto...

a música que eu buscava era being boring, também um dos clips que mais amava na mtv, uma cena felliniana interminável de excessos, a fascinação adolescente de alguém que se vê em um mundo adulto, perverso e maravilhoso. rodado em película, em preto e branco em uma casa que é só luxúria e decadência, reencena uma festa sem fim, com pessoas andando de patins pelos corredores, casais na banheira, gente linda e louca. e a música é um coming at terms dele com sua figura adolescente... / When you?re young you find inspiration In anyone who?s ever gone/We had too much time to find for ourselves/And we were never being boring

Now I sit with different faces/ In rented rooms and foreign places / All the people I was kissing / Some are here and some are missing.../ eu poderia colocar a letra toda aqui, mas mas você pode ler aqui. no momento estou mais encantado com october simphony, que começa eletrônica pop e irrestistível e vais aospoucos adicionando maldades tão sutis...primeiro é a guitarra de johnny marr, que vem em intervalos, como que de longe...depois um vocal black..quando o quarteto de cordas entra é de um estranhamento e uma beleza... no final ele volta, quando o maquinário eletrônico vai diminuindo e parando as cordas ficam ali, ocupando o espaço, falando de uma festa que acabou.

beautiful.

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