o incrível de henry miller é o otimismo dele. frente à situação mais desesperada, ele exulta. se eu lembro de uma parágrafo que dizia algo assim:
"sem dinheiro, sem planos, sem projetos nem possibilidade nenhuma. sou o homem mais feliz do mundo."
claro que a paris que ele vivia era a dos anos 20. mas ainda assim. ele escrevia sem saber onde ia dormir naquele dia. onde ia ser a próxima refeição. e com um entusiasmo inquebrantável.
kerouac me lembra dele. ele parecia um animal tão saudável quanto miller, uma criatura sólida, cheia de vida, de um entusiasmo americano primordial, que vinha da fonte do país, de whitman, do espírito desbravador. mas ele quebrou. no fim era um homem amargo, desiludido, com o espírito partido.
isso dava uma tese. não sou a pessoa certa para formalizar isso tudo, mas pensei muito no assunto.
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