terça-feira, junho 24, 2008
terça-feira, junho 17, 2008
AND, não menos importante, looks so fucking good. a arte é minimalista, mas emotiva e detalhista nos lugares certos. até o lettering dele é bonito. e NÃO é autobiográfica. e ele tem 23 anos.
damn.
quarta-feira, junho 11, 2008
Ontem fiquei horas olhando para os músicos mortos de jazz.
Depois não podia dormir. Eles me perturbam. Essa existência eterna deles em imagens, esses filmes gloriosos em preto e branco onde eles se debruçam sobre seus instrumentos. No youtube, a imagem se quebra em pequenos pixels, em um momento você vê o olho mau de Miles Davis, no outro ele está fechado por falta de resolução. Bill Evans está tão concentrado, com essa postura impossível, o homem é uma curva, o homem é uma bordadeira de Veermer, curvado, esculpindo notas. Tanta atenção ao som exato que saía de seu piano. Gosto que eles estejam de terno, traz uma seriedade ao que eles estavam fazendo.
Já tentei desenhar John Coltrane infinitas vezes. O rosto dele, tão simples, tão honesto, me escapa sempre. Thelonius é mais fácil. Ele é um personagem. Coltrane é quase um pastor, sempre tão sério. Não se vê uma foto dele sorrindo. Fui dormir com My Favorite Things na cabeça. A maneira como ele estilhaça aquela melodia tão simples. Vi uma entrevista de Bill Evans. Ele não tinha um dente da frente. Chocante, você diria. Aquele homem impecável, com seu cabelo penteado até o último fio. Você imagina que ele estava preocupado demais com a música para ir ao dentista.
Você não sabe o tempo que passo pensando nos músicos mortos de jazz.