segunda-feira, outubro 29, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
que animais sentimentais que somos. família, que invenção. as notícias enfim não importam, são circunstanciais e anódinas, mas uma nuvem, que rondava, baixou. um email inocente causou isso, mas a origem é antiga. lembrei de miracleman, de alan moore. ele é um super-herói como o capitão marvel, dois seres em um corpo. numa cena clássica, ele aterrisa no telhado de casa, se transforma e entra em casa. a mulher pergunta como estava o céu e ele não quer falar sobre miracleman. quer ter um café da manhã "normal". depois ele se explica um pouco: diz que quando ele é o herói, o amor dele por ela é puro, amplo, imenso. quando ele volta a ser humano, é um amor pequeno, confuso, mesquinho, cheio de dúvidas: ele está fazendo a coisa certa, ele a ama o suficiente, ele devia ter lavado a louça ontem?
somos nós, esses animais pequenos e cheios de dúvidas. assim é nosso amor, nossas relações familiares, nossos planos.
tudo isso ou simplesmente está chovendo no rio. vai saber.
somos nós, esses animais pequenos e cheios de dúvidas. assim é nosso amor, nossas relações familiares, nossos planos.
tudo isso ou simplesmente está chovendo no rio. vai saber.
quarta-feira, outubro 10, 2007
eu bebo uma coca-cola.
estupidamente gelada, na padaria. eu chego ao trabalho, largo minhas coisas e saio para uma coca, é um dia de verão na primavera do rio. e essa coca-cola estupidamente gelada me traz de volta a sensação exata infanto-juvenil, quando tomar uma coca assim era possivelmente o máximo em sensações intensas. na praia, andar pelo balneário, sob o sol insano do verão do sul, em busca de um quiosque onde tomar uma coca-cola gelada a ponto de doer a garganta. aquele ahhh.
na minha frente, estacionado em frente à padaria,um caminhão de coca-cola. clássico, absoluto, nada de papai noel ou slogan ou campanha. só a imensidão daquela superfície vermelha com o logo em tamanho maior que a vida. alguma coisa de emocionante ali. ele parece uma lona de circo, um trailer de artistas de vaudeville, uma simulação de hollywood. tomo minha coca-cola e olho para aquela obra de pop art por uns dois minutos.
estupidamente gelada, na padaria. eu chego ao trabalho, largo minhas coisas e saio para uma coca, é um dia de verão na primavera do rio. e essa coca-cola estupidamente gelada me traz de volta a sensação exata infanto-juvenil, quando tomar uma coca assim era possivelmente o máximo em sensações intensas. na praia, andar pelo balneário, sob o sol insano do verão do sul, em busca de um quiosque onde tomar uma coca-cola gelada a ponto de doer a garganta. aquele ahhh.
na minha frente, estacionado em frente à padaria,um caminhão de coca-cola. clássico, absoluto, nada de papai noel ou slogan ou campanha. só a imensidão daquela superfície vermelha com o logo em tamanho maior que a vida. alguma coisa de emocionante ali. ele parece uma lona de circo, um trailer de artistas de vaudeville, uma simulação de hollywood. tomo minha coca-cola e olho para aquela obra de pop art por uns dois minutos.
quarta-feira, outubro 03, 2007
coisas que eu vi quando desci para fumar um cigarro hoje:
o velhinho mais triste do mundo usava bermuda de surfista. aquela exuberância de padronagens e cores havaianas e ele com os braços caídos e olhar desconsolado. Como se alguém tivesse roubado sua prancha.
um menino de uns 6 anos passou com sua mãe e abriu a boca para me mostrar (com aparente orgulho) o chiclete que mascava. fiz sinal de que achava ótimo.
depois subi e fui sugado para uma reunião onde morri um pouco, como em quase toda reunião.
o velhinho mais triste do mundo usava bermuda de surfista. aquela exuberância de padronagens e cores havaianas e ele com os braços caídos e olhar desconsolado. Como se alguém tivesse roubado sua prancha.
um menino de uns 6 anos passou com sua mãe e abriu a boca para me mostrar (com aparente orgulho) o chiclete que mascava. fiz sinal de que achava ótimo.
depois subi e fui sugado para uma reunião onde morri um pouco, como em quase toda reunião.
Assinar:
Postagens (Atom)