eu sempre achei que nesse mundo em que vivemos, tempo é a última luxúria. se você está ganhando uma fortuna e não tem tempo pra gastá-la, é uma forma estranha de sucesso que você escolheu, buddie.
eu definitivamente não estou ganhando uma fortuna, mas quando você está trabalhando 14 horas por dia, realmente tempo livre tem o sabor que um feriado nas bahamas teria para os simple-minded.
uma manhã, não mais. mas o tempo não é elástico, não é relativo? Três ou quatro horas tomando sol, lendo, ouvindo massive attack nos fones me fazem sentir humano de novo. ou: benvindo ao planeta dos macacos.
e o que estou lendo tem me mantido são no resto do tempo. o nome dele é bond, james bond. comprei um volume preto de capa dura que parece a bíblia, mas que contém cinco aventuras do espião que ainda é o homem mais cool do universo. (casino royale, live and let die, diamonds are forever, from russia with love and goldfinger) sensacional. totalmente satisfatório. seu entretenimento perfeito, lean, mean, sexy and very, very cool. shaken, not stirred.
quinta-feira, setembro 28, 2006
terça-feira, setembro 26, 2006
cartas de um país distante (ou: lugar chamado trabalho)
trabalhadores do mundo, uni-vos. e mandem fotos do resultado. vídeos, se a coisa for realmente boa.
eu aqui, trabalhador, semanas de 30 dias cada, me fazendo oco de tanto pagemakear, uma avalanche de livros. uma vaga lembrança de que desenhava, escrevia coisas, era uma espécie de ser humano. pretendo voltar a ser. às vezes vejo um gato na rua ou em uma dessas janelas donde se quedan tan soberbos ou vejo uma cena qualquer desses filminhos que a rua nos oferece non-stop, big brother full-time e lembro que existem histórias a ser contadas. enquanto meu nanquim chinês seca em silêncio, muito estoicamente, dentro do vidro.
trabalhadores do mundo, uni-vos. e mandem fotos do resultado. vídeos, se a coisa for realmente boa.
eu aqui, trabalhador, semanas de 30 dias cada, me fazendo oco de tanto pagemakear, uma avalanche de livros. uma vaga lembrança de que desenhava, escrevia coisas, era uma espécie de ser humano. pretendo voltar a ser. às vezes vejo um gato na rua ou em uma dessas janelas donde se quedan tan soberbos ou vejo uma cena qualquer desses filminhos que a rua nos oferece non-stop, big brother full-time e lembro que existem histórias a ser contadas. enquanto meu nanquim chinês seca em silêncio, muito estoicamente, dentro do vidro.
terça-feira, setembro 19, 2006
o que poderia ser pior do que o mundo de caras? um mundo caras-cult. grande evento em homenagem a millôr, livraria argumento no leblon, um lugar onde todo mundo ou tem dinheiro ou é "alguém" ou é lindo ou todas as alternativas acima. sábio é o tio millôr de não ir. cenas cômicas: isadora ribeiro posando com um livro dele na mão. seria melhor se ela fingisse ler com o livro de cabeça para baixo, mas assessores de imprensa estão aí pra isso. de resto, um clima nervoso, fútil, irritante. uno tem ganas, really, de empacotar as coisas e voltar correndo para algum buraco no sul.
sexta-feira, setembro 08, 2006
parou de chover, voltou o sol, acabei mais dois livros que foram devidamente para a gráfica e amanhã chega minha bella distante. é motivo suficiente para se estar feliz? suponho que sim.
e ontem encontrei o espírito de santa teresa. como os tempos andam bicudos, ele dirigia um táxi. e me contou tudo. de como cresceu em santa (quando o perfil ainda era de malandros, em vez de, ugh, alternativos), de como fumou maconha com rita lee ("pô, o baseado dela era muito bom") e me deu dicas muito detalhadas de como se comportar durante um achaque da polícia. suas últimas palavras quando eu descia do carro: "Não dá mole pra Kojak".
e ontem encontrei o espírito de santa teresa. como os tempos andam bicudos, ele dirigia um táxi. e me contou tudo. de como cresceu em santa (quando o perfil ainda era de malandros, em vez de, ugh, alternativos), de como fumou maconha com rita lee ("pô, o baseado dela era muito bom") e me deu dicas muito detalhadas de como se comportar durante um achaque da polícia. suas últimas palavras quando eu descia do carro: "Não dá mole pra Kojak".
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